Media: Estratégia de comunicação na Igreja Católica depende da capacidade de escuta

Painel com assessores afirmou a necessidade de atuar em rede e criar comunidades mediáticas

Lisboa, 15 abr 2016 (Ecclesia) – O presidente da Associação Portuguesa das Empresas de Conselho em Comunicação e Relações Públicas (APECOM) afirmou hoje que a definição de uma estratégia de comunicação na Igreja Católica depende da capacidade de escuta.

“A escuta é fundamental para qualquer estratégia de comunicação”, disse Carlos Matos num debate sobre a comunicação da Igreja Católica, que decorreu hoje por iniciativa da Conferência Episcopal Portuguesa.

O presidente da APECOM lembrou o “novo paradigma da comunicação”, que agora se dirige a “comunidades” e não a massas, , acontece “em diálogo” e exige o conhecimento dos públicos onde se quer chegar.

O consultor em comunicação considera que “um dos grandes problemas da Igreja católica é a capacidade de criar comunidades específicas” que reenvidem a mensagem que quer fazer passar e, a partir daí, comece a “construir uma rede”.

“A Igreja Católica não pode fugir a esta realidade e infelizmente não é isso que se vê no nosso quotidiano”, sustentou Carlos Costa durante um encontro destinado a responsáveis de instituições eclesiais e a profissionais dos media, que decorreu no Seminário de Nossa Senhora de Fátima, em Alfragide.

Num painel moderado por José Aguiar, da ‘All Comunicação’, cinco colaboradores de outras agências de comunicação analisaram a forma de relacionamento mediático da Igreja Católica e foram unânimes em afirmar a necessidade de “formação interna e profissionalização” para delinear uma estratégias de comunicação.

Para Domingas Carvalhosa, administradora da ‘Wisdom Consulting’, a Igreja tem hoje “muitos mais púlpitos do que os que estão nas igrejas” e “deve aproveitar esses públicos para falar com mais fiéis ou potenciais fiéis”, na procura de “novos públicos” e sendo voz “de muita gente que não pode falar”.

Ana Margarida Ximenes, cofundadora da ‘Atrevia’, sustentou que “os comunicados de imprensa estão mortos” e têm a função de “sistematizar ideias”, o que obriga a não ser possível “abdicar de um telefone” e do diálogo com os media para comunicar.

 

No painel que encerrou o Encontro sobre Comunicação da Igreja, participaram também Assunção Sá da Bandeira, partner da ‘BAC – Speakers Bureau’, e Inês dos Santos, da ‘CV&A’.

PR

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