Os Santuários Marianos constituem uma autêntica escola de fé, baseada no exemplo de Maria e na sua intercessão maternal. Na sessão de abertura do “I Encontro de Santuários Marianos Portugueses”, integrado na Comemoração dos 450 anos da elevação da Conceição de Angra a Paróquia, Pe. Jacinto Farias, da Universidade Católica Portuguesa de Lisboa, referiu que a “dimensão teológica do terço ficou valorizada pela contemplação dos mistérios Luminosos, através da simplicidade dos pequeninos, e o Santuário é uma profecia do amanhã de Deus no hoje do mundo presente”. De 14 a 16 de Novembro, no auditório da Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo, Mons. José de Lima apresentou o tema “Eucaristia e Piedade Mariana”. De facto, a celebração dominical da Eucaristia “é o culminar e a fonte de toda a vida cristã”. O Santuário convida-nos de um modo muito particular a redescobrir o Domingo, “o dia do Senhor” e “senhor dos dias”, “a festa primordial”, “que não marca somente a passagem do tempo, mas que revela o seu significado profundo”. Na celebração da Eucaristia, o peregrino deve ter presente que a Eucaristia é o centro e o coração de toda a vida do Santuário, um evento de graça que “contém a riqueza espiritual de toda a Igreja” Por sua vez, João Duque, da UCP, lembrou aos reitores dos cerca de vinte Santuários Marianos Portugueses presentes nesta iniciativa, que o espaço e o tempo, nos Santuários, são “transfigurados”, pois os Santuários são uma “alternativa cristã” ao hedonismo, à sacralização do desejo, ao individualismo, aos processos de massa e de globalização, porque a conversão, operada nos Santuários, “implica a capacidade de doação de si, na noção de uma profunda solidariedade dos peregrinos que partilham a mesma caminhada da vida e a mesma meta procurada”.