“Completamente desadequado seja no seu conteúdo e nas propostas culturais gerais”, considerou o Observatório Internacional “Cardeal Van Thuan” para a Doutrina Social da Igreja numa nota emitida hoje acerca do Documento-Manifesto que tem circulado nos últimos dias sob a tutela do Grupo “Iniciativa dos Cristãos para a Europa” (IXE), por ocasião da aproximação do aniversário do Tratado de Roma – 26 de Março de 1957. Intitulado “Redescobrir o sentido da Construção Europeia”, este manifesto tem circulado na internet e já foi assinado por diversas personalidades, inclusivamente pelo ex-director do FMI, Michel Camdessus. O Observatório quer esclarecer o conteúdo do Documento apontando-o como “politicamente correcto”. A nota explica que o documento “aborda aspectos mais óbvios e áreas menos importantes na política europeia”, mas quanto a legislação sobre o aborto, legislação nacional fortemente prejudicial para a dignidade da família, ou leis sobre a eutanásia, o documento não faz menção. “Os problemas da União Europeia não se resumem aos desafios institucionais do alargamento ou à protecção do meio ambiente. Estes são temas importantes, sim, mas há outros temas cruciais também. A capacidade de promover a dignidade da pessoas humana é um deles”, pode ler-se na nota emitida, adiantando que o Documento nada aponta sobre “os temas da família, sobre vida e procriação, pois uma vaga menção de um decréscimo da demografia na Europa, não é suficiente”. Os problemas das sociedade multi religiosas e a integração dos imigrantes são temas “abordados superficialmente”, não havendo menção para a “necessidade de incluir uma referência cristã “repetidamente pedida”. Segundo o Observatório falta uma “reflexão sobre a cultura relativista amplamente difusa” no continente europeu, assim como um “relatório sobre a fé e a razão, sobre o laicismo e sobre o papel público das religiões, sobretudo do Cristianismo”. Para mais informações consultar http://www.vanthuanobservatory.org Com Agência Sir