O Ensino, a saúde e a evangelização são as grandes prioridades da presença Católica em Madagáscar, pois, trata-se de “uma Igreja dos pobres, mas com muita credibilidade e em grande progressão”, disse ao Jornal da Madeira o Bispo de Manazar. A diocese tem uma população três vezes mais do que a população da Madeira e um imenso território, frente ao Oceano Índico, apresentando-se por isso com uma grande actividade missionária. “O nosso trabalho mais do que estar instalado no centro, caracteriza-se por uma deslocação contínua, a passar semanas e meses em peregrinação, em viagem, para visitar as comunidades distantes uma das outras e com poucos meios de comunicação”, explica D. Alfredo Caires. Na década de oitenta, do século passado, os missionários dehonianos meteram mãos à obra naquela zona e foram pioneiros na abertura das escolas primárias. Até ao momento, também já fundaram uma Universidade com seis faculdades, com a aposta no desenvolvimento do país, com investimentos na área da agricultura, do comércio e da indústria, entre outras especializações, de acordo com as necessidades do país”. O grande projecto em curso para a diocese de Manazar, e o grande sonho de D. Alfredo Caires, é a construção de um hospital. “Temos um apenas com vinte camas e um bloco operatório, que funciona uma ou duas vezes por mês; e o que se pretende é construir outro, por fases, dentro dos próximos dez anos. Para tal, precisamos de muita ajuda, de muito apoio. Será uma espécie de aldeia onde existirão vários sectores, a começar pela medicina e pela cirurgia. O hospital terá o nome Santa Ana (Santana), sugerido pelo Bispo da ilha de Reunião, vizinha de Madagáscar. Precisamos da ajuda de muita gente e os madeirenses que assim o desejarem podem entregar a sua oferta no Colégio Missionário do Funchal”, apela D. Alfredo Caires em declarações ao JM.