Madeira: Região viveu «dia histórico» de inauguração e bênção da estátua da Madre Virgínia

D. Nuno Brás e Miguel Albuquerque destacaram exemplo da religiosa da Ordem de Santa Clara

Funchal, Madeira, 19 jan 2022 (Ecclesia) – A Diocese do Funchal, com instituições políticas e associações da Madeira, promoveu esta segunda-feira uma sessão de homenagem a Madre Virgínia Brites da Paixão, com a bênção de uma estátua e descerramento de placa toponímica, na Freguesia de Santo António.

“Olhar para a Madre Virgínia é deixarmo-nos todos os dias lembrar o nosso dever de cuidar do próximo, animados pela fé: que todos aqueles que por aqui passarem sejam capazes de colher esse exemplo tão importante para os dias de hoje”, disse o bispo do Funchal, citado pelo ‘Jornal da Madeira’.

D. Nuno Brás salientou que o Funchal prestou homenagem “a uma das suas filhas mais ilustres”, falando num exemplo de “resistência à perseguição e às injustiças” e de afirmação dos “direitos de Deus e dos direitos do homem de partilha e entreajuda”, perante um governo que perseguia a fé e que destruiu o seu mosteiro.

Madre Virgínia nasceu em 1860, no Lombo dos Aguiares, na cidade do Funchal; entrou para o Mosteiro das Mercês em 1881, com 16 anos, e faleceu a 17 de janeiro de 1929.

Segundo D. Nuno Brás, os habitantes do Funchal habituaram-se a olhar para a religiosa da Ordem de Santa Clara como um “sinal da presença de Deus, mas também como um convite e exemplo ao amor do próximo”.

O responsável católico agradeceu à Câmara Municipal do Funchal o “gesto de reconhecimento”.

Foto: Jornal da Madeira/Duarte Gomes

Já o presidente do município salientou que se estava a viver um “dia histórico para o Funchal, para a freguesia de Santo António e para a Madeira”, sublinhando que a religiosa da Ordem de Santa Clara foi um “exemplo de devoção à causa social”, e dedicou a sua vida “à causa dos mais desfavorecidos”.

“Estamos todos juntos por uma causa, o trabalho pelo próximo, o trabalho pelos mais desfavorecidos e o trabalho pelo reconhecimento deste grande exemplo de vida que nos tem de manter a todos”, disse Pedro Calado.

“A Madre Virgínia é o exemplo dos princípios e dos valores que no presente e no futuro todos temos de seguir”, acrescentou o presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, sobre “um símbolo da esperança” que têm de manter “nos corações”.

Conceição Freitas, da Associação da Madre Virgínia em União com o Imaculado Coração de Maria, realçou também o “momento histórico da freguesia e também da região”, um projeto que nasceu em 2014 e que “só foi possível” com a colaboração de um grande número de pessoas da Madeira e do Porto Santo e de uma colaboração dos Açores.

Na estátua de Madre Virgínia, da autoria de Maria José de Brito, colocada numa nova rotunda na Freguesia de Santo António, Conceição Freitas identificou características da religiosa, como a serenidade do seu olhar, o seu sorriso e as mãos na posição correta para atrair a misericórdia de Deus, informa o ‘Jornal da Madeira’.

O bispo do Funchal encerrou a fase diocesana do processo de canonização de Madre Virgínia Brites da Paixão, na igreja paroquial de Santo António, no dia  2 de outubro de 2021; Teve a sua abertura a 29 dezembro de 2006 com sessão no Mosteiro da Caldeira, Câmara de Lobos e a documentação recolhida enviada para o Vaticano.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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