Madeira prepara festa da Senhora do Monte

A pequena imagem venerada na igreja paroquial do Monte (Funchal) tem a sua história curiosa, que muitos dizem ser lenda A Igreja universal celebra na próxima terça-feira, dia 15, a festa da Assunção da Virgem Maria ao Céu. É um dogma da Fé católica, definido por Pio XII a 1 de Novembro de 1950, mediante a Constituição apostólica «Magnificentíssimus Deus». A Igreja do Funchal acompanha esta universalidade de Maria, festejando-a solenemente em muitas paróquias e sob diversos títulos. Por toda a diocese encontram-se capelas dedicadas à Virgem Maria, cujos nomes variam de acordo com as devoções aos seus títulos e méritos próprios, ou então relacionados com as necessidades prementes do povo de Deus que começa a invocar-lhe sob circunstâncias determinadas. Muitas festas se celebram neste dia 15 de Agosto, em especial onde a Virgem Maria é Padroeira, como Nossa Senhora da Graça no Estreito da Calheta e Estreito de Câmara de Lobos, mas os seus títulos com festas semelhantes ao redor do ano, abundam nas capelas em sua honra construídas e dedicados através destes cinco séculos de história da diocese do Funchal. É a Senhora da Ajuda, da Alegria, do Amparo, das Angústias, dos Anjos, da Anunciação, da Apresentação, de Belém, da Boa Hora, da Boa Morte, da Boa Nova, da Boa Viagem, do Bom Despacho, do Bom Sucesso, das Brotas, da Cadeira, do Calhau, da Candelária, do Carmo, da Conceição, da Conceição do Ilhéu, da Consolação, do Descanso, do Desterro, das Dores, da Esperança, da Estrela, da Fátima, da Fé, da Glória, da Graça, da Incarnação, de Jesus, do Livramento, do Loreto, da Luz, da Mãe de Deus, da Mãe dos Homens, das Maravilhas, das Mercês, dos Milagres, do Monserrate, do Monte, da Natividade, da Nazaré, das Neves, da Paz, da Pena, da Penha de França, do perpétuo Socorro, da Piedade, do Pilar, do Pópulo, dos Prazeres, das Preces, da Quietação, dos Remédios, dos Remédios e Amparo, do Rosário, da Salvação, da Saúde, da Saúde do Monte Olivete, do Socorro, do Terço, do Vale, dos Varadouros, da Vida, das Virtudes, da Vitória, das Vitórias, etc. Todos estes espaços religiosos dedicados à Virgem Maria, falam de cinco séculos de fé e devoção, dum povo que desde a primeira hora, comandados por Zarco, se colocaram sob a sua protecção: Nossa Senhora do Calhau, Nossa Senhora da Conceição. Com maior ou menor fé, com maior ou menor solenidade sobem continuamente hinos de louvor e acção de graças a Maria pelo que ela é em si mesma, e pela intercessão feita em favor da humanidade. Nossa Senhora do Monte Já existia então no Monte a ermida de Nossa Senhora da Incarnação, mandada construir por Adão Gonçalves Ferreira, em 1470. Diz-se que essa lendária aparição poderia ter sucedido no reinado de D. João II (1477-1495). O relato é da autoria de Gaspar Frutuoso ou de Henrique Henriques de Noronha e vem narrado no verso das gravuras que representam a pequenina e veneranda imagem. Reza assim: «Há mais de 300 anos, no Terreiro da Luta, cerca de 1 quilómetro acima da igreja de Nossa Senhora do Monte, uma Menina, de tarde, brincou com certa pastorinha, e deu-lhe merenda. Esta, cheia de júbilo, refere o facto à sua família, que lhe não deu crédito, por lhe ser impossível que naquela mata erma e tão arredada da povoação aparecesse uma Menina. Na tarde seguinte reitirou-se-se o facto e a pastorinha o recontou. No dia imediato, à hora indicada pela pastorinha, o pai desta, ocultamente foi observar a cena, e viu sobre uma pedra uma pequena imagem de Maria Santíssima, e à frente desta «a inocente pastorinha que, a seu pai, inopinadamente aparecido, afirmava ser aquela imagem a Menina de quem lhe falava». O pastor, admirado, não usou tocar a Imagem e participou o facto à autoridade que mandou colocá-la na capela da Incarnação, próxima da actual igreja de N.ª S.ª do Monte» – nome que desde então foi dado àquela veneranda imagem».

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