Madeira: Cáritas acompanha realojamento das últimas famílias afetadas pelos incêndios

Instituição católica oferece recheio das casas

Funchal, 27 jul 2012 (Ecclesia) – A Cáritas do Funchal está a acompanhar o realojamento das últimas famílias que perderam as casas devidos aos incêndios ocorridos na Ilha da Madeira entre 17 e 21 de julho, processo que deve estar concluído esta tarde.

“Estamos neste momento a tratar do realojamento das seis famílias que ainda restavam no Regimento Guarnição 3 (RG3), transportando eletrodomésticos, mobílias, roupa e alimentação, de modo que elas abandonem hoje o quartel”, disse à Agência ECCLESIA o presidente da instituição.

O recheio das casas foi doado pela Cáritas, que também está a colaborar a nível logístico, enquanto que os apartamentos foram cedidos pelos Investimentos Habitacionais da Madeira, entidade pertencente ao Governo Regional, adiantou José Manuel Barbeito.

Cerca de uma centena de voluntários da Cáritas diocesana apoiaram as vítimas desde o início dos incêndios até hoje, referiu o responsável, que se congratulou com a saída das famílias do RG3, dado que “para os desalojados é sempre um trauma e para os militares é sempre um ambiente estranho dentro do quartel”.

A instituição católica continua em contacto com as autarquias que estão a fazer o levantamento das perdas, pelo que é prematuro avançar com números no que diz respeito aos apoios.

O processo implica saber se é possível recuperar as estruturas das habitações que arderam ou se será preciso erguer de raiz as residências, sendo também necessário decidir que aproveitamento pode ser dado às casas parcialmente destruídas, explicou.

O plano para as próximas semanas passa pelas visitas da psicóloga e do técnico de serviço social da Cáritas às vítimas, ajudando-as a reagir positivamente aos acontecimentos e a regressarem à normalidade, afirmou José Manuel Barbeito.

“Vamos também continuar a incentivar as pessoas a entregar donativos, para que possamos prosseguir a nossa ação, ao mesmo tempo que colaboramos com as entidades oficiais no acompanhamento de um processo que, com certeza, vai demorar meses”, observou.

O apoio às vítimas dependerá das ofertas depositadas na conta ‘Cáritas ajuda vítimas dos incêndios’, com o NIB 0007 0000 0010 7639 446 23, que reuniu até hoje 5050 euros.

A Cáritas Portuguesa, que lançou a campanha no dia 20 de julho, na sequência dos fogos que atingiram o Algarve e a Ilha da Madeira, disponibilizou desde logo um “donativo de emergência” no valor de 20 mil euros.

Por seu lado a Cáritas do Funchal também está a receber ofertas na conta com o NIB 0038 0001 1626 3713 771 13, que recolheu até ao momento cerca de dois mil euros.

RJM

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