LUSOFONIAS – Lusofonia Espiritana

Tony Neves, em Bagamoyo, na Tanzânia

Fomos muitos os convocados para este Capítulo Geral Espiritano, que está já na sua última semana, neste lugar tão emblemático que é Bagamoyo, na Tanzânia. Estou a pensar só nos Lusófonos, aqueles que falam português. Somos portugueses, brasileiros, angolanos, caboverdianos, lusófonos de berço. Mas somos também originários de muitos outros países. É que existem lusófonos por nascimento e outros que aprenderam a língua ao estudar ou trabalhar num país de língua oficial portuguesa. Ao todo 28. Nesta Semana Mundial das Missões, vou passear-me um pouco pelas suas vidas para percebermos a riqueza que esta lusofonia espiritana carrega dentro e partilha com o resto do mundo.

O P. Carmelo Rivera nasceu em Porto Rico, é cidadão americano e trabalha nas periferias de Manaus na Amazónia. O P. Albert Assamba é o Provincial dos Camarões e fez os seus estudos de Teologia em Portugal. O P. Joaquim Brito é o Superior de Cabo Verde, estudou em Portugal e foi missionário em Espanha. O P. Moise Camara, senegalês, é o Provincial dos quatro países que formam a Província da África de Noroeste, congregando o Senegal, a Mauritânia, a Guiné Conacri e a Guiné Bissau. Antes, o P. Moise trabalhou em Cabo Verde. O P. Leonardo Silva é o Provincial do Brasil, tendo sido missionário na Bolívia. O P. Pedro Fernandes é o Provincial de Portugal, tendo exercido longa missão no norte de Moçambique. O P. Brendan Foley, irlandês, foi missionário na Bolívia e é hoje o Superior do Grupo Brasil Sudoeste, vivendo numa das favelas das periferias de S. Paulo. O P. Márcio Asseiro é o Superior do Grupo da Bolívia, a viver no interior da Arquidiocese de Santa Cruz de la Sierra. O P. Crispin Mbumba, Provincial do Congo Kinshasa, fez estudos de Teologia em Portugal. O P. Juste Niongui, do Congo Brazaville, estudou em Portugal e é hoje Superior na Ilha de Guadalupe. O P. Inácio Sangueve é angolano e vive hoje no Alto Juruá brasileiro onde é o Superior do Grupo. O P. Alvaro Caica, angolano, estudou na Irlanda e é o ecónomo provincial de Angola e pároco nas periferias pobres de Luanda. O P. Damasceno Reis foi missionário em Moçambique e é hoje o responsável pelo 2º Ciclo de Formação de Teologia no Porto. O P. James Flynn, escocês, trabalhou nos Camarões, em Angola, na Grã-Bretanha e em Bruxelas. Hoje é missionário em Lisboa. O P. Jean Michel Gelmetti, francês, foi missionário em Angola, em França e na Tanzânia. Trabalha actualmente nos EUA. O irmão Carmo Gomes fez missões no México, Guiné-Conacri, Guiné-Bissau, Portugal e Bruxelas. Hoje está a trabalhar em Lisboa. O P. Eduardo Miranda Ferreira foi missionário na Amazónia, Assistente Geral em Roma e tem uma longa história de missão em Portugal, onde hoje dirige o Centro Espírito Santo e Missão (CESM), no Seminário da Silva, em Barcelos. O P. Eduardo Tchapeseka, angolano, é o Provincial de Espanha. O P. Colm Reidy trabalhou largos anos em Angola e hoje está na administração da sua Província natal, a Irlanda. O P. Saturnino Afonso formou-se em Portugal, foi missionário no Paraguai e acaba de ser eleito Superior do Grupo de Cabo Verde. O P. Alberto Tchindemba, angolano, Superior do Grupo de Moçambique, vive nas periferias de Nampula. O Irmão Mariano Espinoza, paraguaio, estudou no Brasil, trabalhou em campos de refugiados na Tanzânia e é hoje, nas periferias da capital paraguaia, o Mestre de Noviços da União das Circunscrições da América Latina. O P. Yves Mathieu, francês, trabalhou largos anos no seu país e está agora em missão no interior de Moçambique. O P. Théodore Rabelaza, Superior de Madagascar, trabalhou em Angola. O P. Gaudêncio Sangando, angolano, trabalhou na formação e com comunidades migrantes em Lisboa e é hoje o Provincial de Angola.

Todos, Padres ou Irmãos, estão preparados para anunciar o Evangelho em português. Mas, sobretudo, fizeram uma opção religiosa pelos mais pobres e estão disponíveis para a Missão lá para onde for mais urgente e necessário partir. Vieram aqui dize-lo, sem rodeios, neste Capítulo Geral dos Espiritanos, a acontecer naquela que foi a porta de entrada dos Missionários na África oriental. A longa e estimulante história não nos permite viver de rendimentos nem parar. A Igreja tem de estar sempre em saída, com missionários sempre prontos a partir.

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