Lugares de magistério, hoje

Sandra Costa Saldanha

Por entre trajetórias históricas mais ou menos complexas, as catedrais portuguesas encontram-se umbilicalmente ligadas à lógica territorial e estratégica das cidades, ainda hoje marcantes na paisagem que as enquadra. Herança multissecular e reminiscência fulcral da vida diocesana, lugares de magistério e do exercício pastoral, constituem, por outro lado, recursos fundamentais na articulação entre o centro religioso, cultural e turístico das cidades.

Estaleiros construtivos matriciais, representativos das mais surpreendentes criações, na vanguarda estilística e arquitetónica de cada tempo, singularizam-se ainda pelos paradigmas estéticos que veiculam, frequentemente assumidos como modelos de inspiração nas mais variadas épocas.

Expressões vivas da memória coletiva e da fé dos homens que as ergueram, para que projetem hoje a sua missão e materializem tão frutíferas potencialidades, urge assumir uma estratégia de divulgação qualificada. Constituindo, porventura, oportunidade de reflexão em torno do seu papel na atualidade, o caminho prossegue agora no estudo interdisciplinar de cada monumento. Da solidez deste conhecimento derivará a eficácia, uniformidade e qualidade dos instrumentos de comunicação que se oferecem, a visitantes e fiéis, essenciais no processo de valorização deste notável conjunto patrimonial.

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