A data instituída pelo Papa Francisco é celebrada todos os anos no III Domingo do Tempo Comum
Cidade do Vaticano, 19 dez 2020 (Ecclesia) – A Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramento (Santa Sé) divulgou, este sábado, uma nota sobre o Domingo da Palavra de Deus, que o Papa Francisco instituiu, e recorda a “importância e o valor da Sagrada Escritura para a vida cristã”.
“O Domingo da Palavra de Deus, que o Papa Francisco quis que fosse celebrado todos os anos no III Domingo do Tempo Comum, recorda a todos, Pastores e fiéis, a importância e o valor da Sagrada Escritura para a vida cristã, bem como a relação entre Palavra de Deus e liturgia”, pode ler-se na nota.
O dia foi instituído a 30 de setembro de 2019 pelo Papa Francisco e fixado para o III domingo do Tempo Comum e esta nota, assinada pelo Prefeito Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramento, cardeal Robert Sarah, vem recordar “alguns princípios teológicos, celebrativos e pastorais, acerca da Palavra de Deus proclamada na Missa”.
O documento destaca que “através das leituras bíblicas proclamadas na liturgia, Deus fala ao seu povo e o próprio Cristo anuncia o seu Evangelho” e aponta para este domingo “a procissão de entrada com o Evangeliário ou, se não houver procissão, a sua colocação sobre o altar” e a necessidade de “respeitar as leituras indicadas, sem as substituir ou suprimir, e utilizando traduções da Bíblia aprovadas para o uso litúrgico”.
A recomendação do “canto do Salmo responsorial” e um pedido que Bispos, os presbíteros e os diáconos façam “explicar e fazer compreender a todos a Sagrada Escritura” na sua homilia é outro ponto do documento.
“Os Bispos, os presbíteros e os diáconos devem sentir o compromisso de desempenhar este ministério com especial dedicação, valorizando os meios propostos pela Igreja”, pode ler-se.
O “silêncio reveste-se de particular importância”, a proclamação da Palavra é um “ministério que requer uma preparação específica interior e exterior, familiaridade com o texto a proclamar e a necessária prática no modo de o proclamar, evitando qualquer tipo de improvisação” e o ambão, de onde é proclamada, deve ter cuidados especiais.
“A Igreja convida a cuidar o ambão donde ela é proclamada; não se trata de uma alfaia funcional, mas do lugar conforme à dignidade da Palavra de Deus, em correspondência com o altar: com efeito, falamos da mesa da Palavra de Deus e do Corpo de Cristo, referindo-nos tanto ao ambão como sobretudo ao altar”.
A nota pede ainda que se cuide dos livros da Sagrada Escritura, “da sua qualidade material e do seu bom uso” e, com a aproximação deste dia, aponta que “é conveniente promover encontros formativos para evidenciar o valor da Sagrada Escritura nas celebrações litúrgicas” bem como uma “ocasião propícia para aprofundar a relação entre a Sagrada Escritura e a Liturgia das Horas, a oração dos Salmos e Cânticos do Ofício, as leituras bíblicas, promovendo a celebração comunitária de Laudes e Vésperas”.
No fim do documento surge a proposta de apresentar o “exemplo de São Jerónimo, devido ao grande amor que nutriu pela Palavra de Deus”.
SN