Líbano vai ser o próximo destino do evento promovido pelas Equipas de Jovens de Nossa Senhora
Lisboa 15 fev 2020 (Ecclesia) – As Equipas de Jovens de Nossa Senhora promoveram hoje, em Lisboa, o ‘Faith’s Night Out’ (FNO) sobre “A Idade dos Porquês”, anunciaram a realização do evento no Líbano e foram desafiadas ao acolhimento dos jovens na Jornada Mundial da Juventude.
D. Américo Aguiar, coordenador-geral da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), foi um dos oradores na sétima edição do FNO, onde respondeu à pergunta “Porquê uma Igreja culta?” e desafiaou ao acolhimento dos participantes no encontro de jovens de todo o mundo em Lisboa, em 2022.
O bispo auxiliar de Lisboa lembrou o desafio de “acolher mais de um milhão de jovens no verão de 2022” e disse “contar com todos e cada um”.
Na apresentação do tema, D. Américo Aguiar afirmou que é necessário uma Igreja culta para “não fazer exceção de pessoas”, não “excluir ninguém” e para “poder amar intensamente todos”.
“É na cultura de amor e entrega que entendemos a nossa missão”, afirmou o bispo auxiliar de Lisboa, referindo oportunidades de encontro com “pessoas simples e de cultura profunda”, com “católicos escondidos” e com pessoas e comunidades que vivem o “amor profundo” como a marca cultural da Igreja Católica.
O ‘Faith’s Night Out’ nasceu em 2013 e consiste na apresentação de experiências de fé em comunicações breves, com sete minutos, de forma dinâmica e em torno de um tema, sendo as interrogações que marcam a “Idade dos porquês” o que convocou 12 comunicadores na edição de 2020, em Lisboa.
Fátima Lopes referiu-se ao mundo artístico e mediático e lamentou o facto de, nesse ambiente e até há pouco tempo, quem tem fé “não ser bem-visto”.
“Poder, hoje, falar livre e assumidamente da minha fé em televisão, para quem gosta e para quem não gosta, é uma grande vitória”, afirmou.
Fátima Lopes referiu-se à comum condição da pessoa, afirmou que qualquer uma tem de ser respeitada e acarinhada e disse que a entrega ao outro faz a vida ganhar “um novo sentido”.
Isabel Figueiredo, diretora do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais (SNCS) fez uma comunicação sobre a verdade na comunicação e o “excesso de informação” na atualidade.
“A verdade conquista-se, defende-se constrói-se todos os dias”, disse diretora de conteúdos religiosos do Grupo Renascença.
Para Isabel Figueiredo, a verdade “pode precisar de ser contida”, “impõe-se” e “implica prudência”.
A diretora do SNCS disse também que a verdade “implica esforço” e “pode implicar a denúncia”, acrescentando que, “sem verdade, a denúncia multiplica o mal”.
“A ressurreição do Filho de Deus é a verdade que nos sustém”, concluiu Isabel Figueiredo.
João Valentim desafiou os 1500 participantes a “construir pontes” no interior da Igreja Católica, mesmo que não haja nada de “tão profundo” que provoque separações, lembrando as “diferentes sensibilidades” eclesiais “geram discussões infinitas”.
“Quando a nossa palavra é igual ao nosso gesto, as pessoas seguem”, afirmou o economista.
Ricardo Zózimo começou por perguntar a cor da fé de cada um dos participantes, indicando a aposta no verde sugerido pelo Papa Francisco na encíclica “Laudato Si”, que respeita o ambiente e os outros
“A nossa relação com o ambiente não pode ser dissociada da relação com os outro”, afirmou o professor universitário, lembrando que “a ecologia integral mostra que o verde e as pessoas estão juntas”
João Paulo Sacadura desafiou os participantes a um catolicismo marcado pela alegria e certo de que “Deus nunca abandona”.
“Não sou feliz todo o dia, mas sou feliz todos os dias”, indicou o jornalista.
A sétima edição do FNO contou também com comunicações de Marta Lince de Faria, José Fonseca Pires, Fátima Fonseca, Francisco Vaz, Pedro Castro e Pedro Figueiredo.
Depois de se ter realizado em Lisboa, desde 2013, o ‘Faith’s Night Out’ já decorreu no Porto, em Évora e em São Paulo, no Brasil.
PR