Lisboa: Igreja de São Tomás de Aquino recebe jornada de oração pela paz em Moçambique

Bispos daquele país lusófono lembram «povo que continua a sofrer» devido a uma «guerra absurda»

Lisboa, 22 mai 2016 (Ecclesia) – A igreja de São Tomás de Aquino, em Lisboa, vai receber hoje uma jornada de oração pela paz em Moçambique.

Num comunicado difundido pela Fundação Ajuda a Igreja que Sofre, os bispos daquele país lusófono recordam “o povo moçambicano que continua a sofrer” devido a uma “guerra absurda”.

“Temos insistido pelo calar das armas e por um diálogo eficaz, com o envolvimento das forças vivas da sociedade. Voltamos a clamar aos dois lados, Governo e Renamo, para que deem passos concretos pelo fim das hostilidades e pela retoma da vida normal no país”, pode ler-se.

Devido ao arrastar do conflito entre o partido no poder (Frelimo) e as forças da Renamo opostas ao regime, Moçambique é atualmente uma nação quase “paralisada”, apontam os bispos.

“Não há investimentos, os países apoiantes retiram o apoio, o turismo está a enfraquecer cada dia mais, as pessoas não podem viajar em segurança, a economia dá mostras de colapso (…) Onde queremos chegar?”, questionam os responsáveis católicos, que recordam ainda os “11 mil moçambicanos refugiados” e as “36 mil crianças e jovens que estão sem estudar”.

“As duas guerras passadas ceifaram as vidas de mais de um milhão de moçambicanos. Basta de guerra! Em nome de Deus pedimos: trabalhemos todos pela paz, a começar pelas autoridades do Governo e dos partidos políticos”, escrevem os prelados.

A jornada de oração por Moçambique, no Dia da Santíssima Trindade, vai ter também uma “coleta” especial que será “encaminhada para a Cáritas nacional” e servirá depois para apoiar as necessidades dos refugiados moçambicanos, deslocados sobretudo para o vizinho Malawi.

Em Portugal, o evento está marcado para a igreja de São Tomás de Aquino, em Lisboa, a partir das 18h45.

Além da Fundação Ajuda a Igreja que Sofre, a jornada de oração a favor da paz em Moçambique, que terá também em conta “os cristãos perseguidos em todo o mundo”, conta com a participação da Comunidade de Santo Egídio.

JCP

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