Lisboa: Cardeal-patriarca apela à unidade da Igreja

D. José Policarpo pede «disponibilidade total» aos sacerdotes para a sua missão

Lisboa, 21 abr 2011 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa apelou hoje à unidade da Igreja Católica e pediu “total disponibilidade para a missão” aos sacerdotes da diocese.

“Uma Igreja desunida não poderá levar os homens a acreditar em Cristo como o enviado do Pai”, afirmou D. José Policarpo na homilia da Missa Crismal a que presidiu hoje na catedral lisboeta.

Para este responsável, “o pecado desune, porque sublinha particularismos” e o “pecado da desunião é ameaça permanente”, pelo que “a construção da unidade é missão que não acaba”.

“Que neste dia especial, todos nós, sacerdotes e fiéis, nos sintamos atraídos por essa unidade. Somos todos, cada um com a sua graça própria, ministros da unidade”, indicou.

Falando em particular aos sacerdotes presentes na celebração, que lhes é particularmente dedicada, o cardeal-patriarca disse que “ser consagrado, ser posto à parte, é ficar propriedade de Deus, completamente disponível para a sua vontade”.

“Os que Ele escolhe devem pertencer completamente a Deus e unir-se a Ele na total disponibilidade para a missão”, defendeu.

A homilia pronunciada nesta celebração destacou o “sacerdócio de Cristo, expresso no ato supremo do novo culto, a Eucaristia” como uma novidade na história religiosa da humanidade.

“O que louva o Senhor é a interioridade do homem, a sua oferta na generosidade do coração. A Palavra é o elemento central deste novo culto: o culto em forma de Palavra”, afirmou o cardeal José Policarpo.

Nesse sentido, referiu que “o verdadeiro sentido do culto cristão é a abertura à vida verdadeira, é o dom da vida”, “uma plenitude de vida que pode ser experimentada, já neste mundo, antes da morte”.

“O nosso sacerdócio é um ministério de vida; estamos ao serviço dessa «vida eterna», para que a Liturgia a que presidimos seja o «culto novo», na centralidade da Palavra”, apontou.

Na celebração, teve lugar a renovação das promessas sacerdotais, feitas pelos padres presentes, no dia da sua ordenação, e a bênção dos óleos utilizados na celebração dos sacramentos do Batismo, Crisma, Ordem (ordenações de padres e bispos) e Unção dos Doentes.

OC

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