Lisboa: «Aquelas portas que São João Paulo II nos exortou a abrir a Cristo nunca mais se fecharam» – Cardeal-patriarca

D. Manuel Clemente salientou que «todos» recordam o que foi «a sua vida e o seu pontificado»

Lisboa, 18 mai 2020 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa presidiu esta tarde a uma Missa que fez memória dos 100 anos do nascimento de Karol Wojtyla, o Papa São João Paulo II, que se comemoram hoje, na igreja de Nossa Senhora de Fátima.

“Estamos aqui porque aquelas portas que São João PauloII nos exortou a abrir a Cristo nunca mais se fecharam. Todos recordamos o que foi a sua vida e o seu pontificado e damos muito graças a Deus por isso”, disse D. Manuel Clemente no início da celebração transmitida online.

Para o cardeal-patriarca de Lisboa, a Missa foi uma ocasião para agradecer o legado de São João Paulo II, onde o Evangelho de Jesus Cristo foi “vivamente recordado, com tanta força e tanta persuasão”.

“Estas coisas não passam! Agradeçamos a Deus por São João Paulo II. Agradecemos tudo o que nos trouxe e continua a trazer lendo os seus textos, para que a evangelização, com esta novidade que sempre traz no ardor, nos métodos, nas expressões continue a manifestar a cada ser humano a sua verdade iluminada por Jesus Cristo”, desenvolveu.

Segundo o cardeal-patriarca de Lisboa, o Papa polaco, “figura fulgurante”, tinha tanto impacto, “a sua palavra calava tão fundo” e o seu testemunho “era tão forte que perdura” porque “o mesmo Espírito que Jesus promete continua a abrir os corações a todos quantos nos testemunhem e anunciem o Evangelho”.

D. Manuel Clemente lembrou várias expressões que marcaram o pontificado de São João Paulo II, sublinhando a “sua constante insistência” no que chamou de “nova evangelização”, como aconteceu na sua primeira visita a Portugal, em 1982, quanso “insistia que as coisas precisam de ser evangelizadas de novo”.

“O verbo encarnado, a pessoa de Jesus Cristo, precisa de ser reapresentada aos nossos contemporâneos como Aquele que nos desvenda. O nosso mistério só se desvenda à luz do Verbo encarnado; Precisamos de redescobrir a  novidade de Jesus Cristo, precisamos de redescobrir a força da sua redenção e da sua graça”, explicou o cardeal-patriarca de Lisboa.

A Missa foi promovida pela iniciativa ‘Eu Acredito’, que congrega jovens de várias paróquias, movimentos eclesiais e serviços diocesanos, e no final da Eucaristia, transmitida online nos canais do Patriarcado de Lisboa, todos foram convidados a rezar o rosário.

CB/PR

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Biografia de São João Paulo II publicada nas redes sociais da Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023

Karol Jozef Wojtyla nasceu em Wadowice (Polónia), a 18 de maio de 1920; foi eleito Papa a 16 de outubro de 1978, e morreu no Vaticano, a 2 de abril de 2005; Francisco canonizou-o a 27 de abril de 2014, perante mais de um milhão de pessoas.

Em 1938 foi admitido na Universidade Jagieloniana, onde estudou poesia e drama; durante a II Guerra Mundial (1939-1945) esteve numa mina em Zakrzowek, trabalhou na fábrica Solvay e manteve uma intensa atividade ligada ao teatro, antes de começar clandestinamente a sua formação como seminarista, acolhido pelo cardeal de Cracóvia.

Karol Wojtyla foi ordenado sacerdote em 1946, no dia 23 de setembro de 1958 foi ordenado bispo-auxiliar do administrador apostólico de Cracóvia.

Participou no Concílio Vaticano II, onde colaborou ativamente nas comissões responsáveis pela Constituição Dogmática Lumen Gentium e a Constituição Conciliar Gaudium et Spes; a 13 de janeiro de 1964 assume a sede episcopal de Cracóvia e, dois anos depois, o Papa Paulo VI eleva a diocese a arquidiocese cria Karol Wojtyla cardeal, aos 47 anos, em maio de 1967.

O cardeal Wojtyla foi eleito Papa no dia 15 de outubro de 1978, o primeiro pontífice não-italiano desde 1522.

Entre os seus principais documentos, contam-se 14 encíclicas, 15 exortações apostólicas, 11 constituições apostólicas e 45 cartas apostólicas.

João Paulo II realizou 104 viagens apostólicas fora da Itália, a que se juntam 146 nesse país em 26 anos e meio de pontificado; visitou 129 países diferentes e mais de mil cidades, num total de quase 1300 quilómetros percorridos.

O santo polaco passou por Portugal em 1982, 1991 e 2000 – além de uma escala técnica no Aeroporto de Lisboa (2 de março de 1983), a caminho da América Central.

 

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