Lisboa: Antigo reitor da Universidade Católica destaca caráter conciliador de D. José Policarpo

Manuel Braga da Cruz dá como exemplos a forma como o agora patriarca emérito se relacionou com o Estado e com os leigos

Lisboa, 28 jun 2013 (Ecclesia) – O antigo reitor da Universidade Católica Portuguesa, Manuel Braga da Cruz, sustenta que D. José Policarpo vai deixar no Patriarcado de Lisboa um legado marcado pelo diálogo e pela valorização do papel dos leigos.

Numa entrevista publicada na nova edição do Semanário ECCLESIA, Braga da Cruz recorda a forma como o agora patriarca emérito regeu a relação entre a Igreja e o Estado.

“A atitude que teve não foi a de levantar a espada, mas a de fazer a afirmação dos princípios sem condenar ninguém, sem nunca protestar, porque acha que o papel da Igreja é o de anunciar a verdade, chamar a atenção para os grandes a valores e princípios que decorrem da fé sem agredir as pessoas”, sustenta.

O antigo reitor da UCP destaca também a maneira como D. José Policarpo encarou o papel dos leigos, dentro da Igreja e das suas instituições.

“Sempre olhou para o laicado chamando a atenção das suas responsabilidade eclesiais. A sensação que tenho é que quis criar uma igreja conciliar, chamando os leigos à responsabilidade”, complementou.

Um dos espaços onde o patriarca emérito de Lisboa colocou em prática esta premissa foi a Universidade Católica Portuguesa, que por sua iniciativa teve um “reitor leigo” e conta agora com “a primeira mulher reitora”.

D. José Policarpo despede-se este sábado do Patriarcado de Lisboa, depois de 15 anos de serviço, numa celebração às 10h30 no Mosteiro dos Jerónimos.

O cardeal, de 77 anos, apresentou à Santa Sé a sua renúncia ao cargo em 2011, por limite de idade, e vai ser substituído por D. Manuel Clemente, até agora bispo do Porto.

Este domingo na Antena 1, o Programa ECCLESIA vai abordar a obra pastoral e pessoal de D. José Policarpo, a partir das 6h00, com uma emissão que contará com a participação de Manuel Braga da Cruz, da psicóloga Cristina Sá Carvalho, do cónego António Rego e do pároco da Ericeira, o cónego Armindo Garcia.

LS/JCP

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