JMJ Lisboa 2023: Responsável do Vaticano fala num dos encontros «mais importantes» das últimas décadas

Encontro de responsáveis internacionais aborda preparação da próxima Jornada Mundial da Juventude, com inscrições abertas ainda este mês

Foto: Agência ECCLESIA/OC

Fátima, 17 out 2022 (Ecclesia) – O prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida (Santa Sé), cardeal Kevin Farrell, destacou hoje em Fátima que a próxima Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em Lisboa, é uma das “mais importantes”, por acontecer no pós-pandemia.

“É talvez uma das mais importantes, nos últimos 30 anos, porque é renascer de novo, depois de um longo tempo, da Jornada do Panamá”, em janeiro de 2019, precisou o colaborador do Papa, num encontro internacional de preparação da JMJ 2023, que a capital portuguesa vai receber de 1 a 6 de agosto do próximo ano.

O evento reúne as equipas de todas as Direções do Comité Organizador Local (COL) da JMJ Lisboa 2023, representantes das Conferências Episcopais e Pastoral Juvenil dos cinco continentes, além de movimentos eclesiais e institutos religiosos.

O cardeal Farrell apresentou a JMJ como o “maior acontecimento juvenil” do mundo, assumindo que a mesma exige “grandes esforços logísticos e organizativos”

O responsável do Vaticano sustentou que é preciso “deixar que os jovens sejam protagonistas”, com as suas “ideias criativas”.

“Todos somos coorganizadores da próxima JMJ, somos corresponsáveis, portanto, façamos todos os possíveis para apoiar os anfitriões”, apelou.

O prefeito do Dicastério responsável pelo acompanhamento da organização destas Jornadas Mundiais agradeceu ao COL e às autoridades portuguesas, elogiando a “cooperação frutuosa” que tem existido.

No primeiro encontro presencial dos delegados da Pastoral Juvenil desde janeiro de 2019, o cardeal norte-americano convidou todos a “criar pontes”.

“Desde o início, a JMJ é um encontro entre nações e culturas. Esta mensagem nunca é velha e atualmente é muito necessária”, apontou.

A XXXVII Jornada Mundial da Juventude será celebrada este ano, nas dioceses católicas, a 20 de novembro (solenidade litúrgica de Cristo-Rei) e, a nível internacional, em Lisboa de 1 a 6 de agosto de 2023 – após ter sido adiada, por um ano, devido à pandemia de Covid-19.

O encontro de Fátima contou com uma mensagem, em vídeo, do Papa, que saudou os participantes.

“Vão contar à Mãe o que estão a fazer. Nunca se sintam órfãos: têm a Mãe Maria e têm a Mãe Igreja”, disse.

Francisco destacou ainda a importância de “escutar” com o coração.

“Em frente, estou feliz”, concluiu.

O anúncio da escolha da capital portuguesa aconteceu a 27 de janeiro de 2019, no final da JMJ acolhida pelo Panamá.

D. Manuel Clemente, cardeal-patriarca, apontou a um acontecimento importante de “revitalização” e “rejuvenescimento” da Igreja e da sociedade.

O responsável português falou de um momento “único”, que despertou o “maior interesse” das autoridades políticas, considerando-o um “incentivo de desconfinamento”.

Na sessão de abertura do Encontro Preparatório Internacional, que decorre até quarta-feira, D. Américo Aguiar, presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023, reforçou o objetivo de organizar “a melhor JMJ de sempre”, contando com a colaboração de quem a organizou antes.

“O protagonismo, as nossas preocupações, é que cada peregrino tenha uma boa experiência, uma boa presença em Portugal, em Lisboa, e que acima de tudo possa encontrar-se com Cristo vivo”, declarou.

A organização do evento informou que as inscrições para os vários eventos da JMJ vão estar abertas até ao final de outubro e adiantou valores relativos às várias modalidades, desde 235 euros (uma semana, para peregrinos) aos 125 euros (fim de semana); os voluntários têm um pacote especial, de duas semanas, no valor de 145 euros.

O secretário-executivo do Comité Organizador Local da JMJ 2023, Duarte Ricciardi, adiantou que vai ser aplicado, desde o início, um desconto de 10% para as inscrições que chegarem antecipadamente.

O COL aponta a uma necessidade de 10 a 15 mil voluntários de todo o mundo.

Augusto Santos Silva, presidente da Assembleia da República, encerrou a sessão inaugural, afirmando que “‘é muito importante” acolher a JMJ em Portugal, dando voz a jovens de todo o mundo.

O responsável político considerou que o encontro tem uma dimensão espiritual e uma dimensão “cívica”, com impacto social, convidando a “assumir a participação de um grupo de jovens” em assuntos que “dizem respeito à humanidade”.

OC

 O Encontro Preparatório Internacional é uma iniciativa do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida realizado em duas sessões: a primeira após uma JMJ, em Roma, como encerramento do encontro; e a segunda, cerca de um ano antes de cada JMJ, no país onde acontece a próxima edição, como preparação da mesma.

D. José Ornelas, bispo de Leiria-Fátima e presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), deu as boas-vindas aos participantes, destacando que a Cova da Iria foi proposta, desde o início da preparação da JMJ 2023, como destino de peregrinação.

O responsável assumiu a preocupação de que “Fátima fosse particularmente associada a este grande evento eclesial e juvenil”.

A JMJ nasceu por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.

As edições internacionais destas jornadas promovidas pela Igreja Católica são um acontecimento religioso e cultural que reúne centenas de milhares de jovens de todo o mundo, durante cerca de uma semana.

A primeira edição aconteceu em 1986, em Roma, e desde então a JMJ já passou pelas seguintes cidades: Buenos Aires (1987), Santiago de Compostela (1989), Czestochowa (1991), Denver (1993), Manila (1995), Paris (1997), Roma (2000), Toronto (2002), Colónia (2005), Sidney (2008), Madrid (2011), Rio de Janeiro (2013), Cracóvia (2016) e Panamá (2019).

 

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