Lisboa 2023: JMJ «dá um sinal que há jovens à procura de um mundo melhor, com mais paz, maiores valores» – José Melo

Casal Ana Vale e José Melo caminhavam ao alfo dos jovens para o Campo da Graça da Jornada Mundial da Juventude

Foto: Agência Ecclesia/HM

Lisboa, 05 ago 2023 (Ecclesia) – Ana Vale e José Melo afirmam que apesar de já não serem “tão jovem quanto a grande massa de afluência”, sentem-se jovens e iam com a multidão, onde estava um grupo de Castro Daire, para o Parque Tejo.

“Estamos determinados, estamos nós os dois mas na realidade estamos com todo este grupo, com toda esta receção que Lisboa está a fazer ao mundo, e estamos muito felizes, obviamente. Apesar da nossa idade já não ser tão jovem quanto a grande massa de afluência, mas sentimo-nos jovens também e vamos a caminho”, disse Ana Vale, à Agência ECCLESIA.

José Melo explica que tinham a ideia de participar na Jornada mas ainda não sabiam a forma, até que receberam um convite e decidiram aproveitar “a oportunidade de poder estar principalmente o dia de hoje, vai ser espetacular”.

“Pelo que temos visto, todos os dias têm sido espetaculares mas, hoje e amanhã, penso que vão ser o melhor de toda a Jornada”, acrescentou, sobre a vigília deste sábado e a Missa de envio, este domingo, que são eventos centrais da JMJ Lisboa 2023, mas também os finais.

“A dimensão é sempre algo que nos surpreende porque não estamos à espera; ainda hoje de manhã, levantam-nos cedo e tentamos acompanhar ao máximo todas as transmissões e estando presentes de alguma forma neste espírito que agora é real. Estamos cá”, salientou Ana Vale.

Foto: Agência Ecclesia/HM

Pelas ruas, um grupo de jovens de Castro Daire (Diocese de Viseu) caminha com a multidão para alcançar o Campo da Graça, João explica que “têm sido intensos” estes dias, mas tem sido conhecer pessoas novas, há “diversão, reflexão, tudo”.

“É bastante alegria, cansaço mas também muita energia. Curiosidade, não sabemos bem o que estamos à espera mas vai ser bom.

Inês afirma que a JMJ 2023 “está a ser boa, incrível”, esta Caminheira, do Corpo Nacional de Escutas (CNE), deixou alguns conselhos por causa do “muito calor”, como “beber muita água para hidratar”.

Segundo Inês, o contacto com outras pessoas é construtivo, porque “alerta mais os jovens para juntarem-se”, e destaca que ao longo destes dias da JMJ Lisboa 2023 têm “andado a cantar, a debater certos temas”, como na Via-Sacra, desta Sexta-feira, onde falaram de “temas muito importantes”.

José Melo revela que ficou “surpreendido” com a quantidade de gente que está em Lisboa, “estava à espera de muita adesão, muitos países, mas não estava à espera que fossem tantos”.

“É incrível, e é giro ver o espírito de todos os grupos entrosarem entre eles, cantarem, é muito giro o ambiente, muito jovem, saudável, e transmitem a todas as pessoas que passam”, referiu, considerando que “é sinal de esperança”.

“Que possam viver um futuro melhor. Isto dá um sinal que há jovens à procura de um mundo melhor, com mais paz, maiores valores, e é bom que venha a acontecer”, concluiu José Melo.

A Jornada Mundial da Juventude, que Portugal recebe pela primeira vez, é um encontro internacional de jovens promovido pela Igreja Católica, que reúne centenas de milhares de participantes durante cerca de uma semana, em iniciativas religiosas e culturais, sob a presidência do Papa.

Até hoje houve 14 edições internacionais da JMJ – que decorrem de forma alternada com uma celebração anual em cada diocese católica: Roma (1986), Buenos Aires (1987), Santiago de Compostela (1989), Czestochowa (1991), Denver (1993), Manila (1995), Paris (1997), Roma (2000), Toronto (2002), Colónia (2005), Sidney (2008), Madrid (2011), Rio de Janeiro (2013), Cracóvia (2016) e Panamá (2019).

HM/CB/OC

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Agência ECCLESIA

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