Liga Operária Católica apoia greve geral

Movimento cristão apela ao «trabalho digno» e à defesa do Estado Social

Lisboa, 27 jun 2013 (Ecclesia) – A Liga Operária Católica – Movimento de Trabalhadores Cristãos (LOC/MTC) apelou à “participação” na greve geral de hoje, pedindo a criação de políticas que promovam “trabalho digno” e defendam o Estado Social.

“A LOC/MTC solidariza-se com todos os trabalhadores e as suas organizações que lutam por uma ‘Sociedade Justa e Sustentável, com Trabalho para Todos’”, assinala um comunicado enviado à Agência ECCLESIA pela nova equipa nacional da organização, constituída por José Paixão, Glória Fonseca e padre Emanuel Vaz (coordenadores e assistente nacionais).

Em entrevista ao programa ECCLESIA (RTP2, 18h00), que é hoje transmitida, José Paixão destaca que a organização “não podia ficar indiferente” a esta iniciativa, “uma forma que os trabalhadores têm para procurar contrariar tudo aquilo que de mau e de muito mau lhes tem vindo a acontecer”.

O coordenador nacional da Liga Operária Católica sublinha que os trabalhadores cristãos partilham as “preocupações que são bem conhecidas e sentidas por todos”.

A decisão de apoiar a greve geral convocada pelas duas centrais sindicais, CGTP e UGT, foi tomada em reunião da equipa executiva da LOC/MTC.

“As políticas dominantes, impulsionadas pelo mercado financeiro e pelos governantes, levaram à recessão económica e ao ataque generalizado e rápido ao Estado Social”, observam os responsáveis nacionais da organização cristã.

A Liga Operária Católica observa que a próxima greve tem presente algumas das preocupações que constam das linhas de orientação do movimento para o próximo triénio, definidas em Congresso Nacional no início deste mês.

“A desvalorização do trabalho humano e a consequente destruição de tantos postos de trabalho fazem aumentar compulsivamente a precarização laboral e o desemprego”, destaca o comunicado.

A LOC/MTC sublinha que sem trabalho o ser humano “não se realiza, não contribui para o desenvolvimento social nem para a riqueza do país e fica à margem da sociedade”.

“Quem nos governa não pensa a sociedade baseada no ser humano, mas nas forças que detêm o poder e interesses económicos”, lamenta a organização.

O movimento operário quer que os seus militantes desafiem os desempregados e os cidadãos “a tomarem nas suas mãos o destino das suas vidas, tornando-se protagonistas na procura de soluções para os problemas individuais e da comunidade”.

A nota oficial cita o Papa Francisco para aludir ao “princípio inalienável da centralidade da pessoa humana” na organização da vida económica e social.

OC

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