Liberdade Religiosa: Fundação Ajuda à Igreja que Sofre alerta para «hostilidade e ressentimento» contra crentes na Europa

Organização vai apresentar novo relatório sobre liberdade religiosa

Lisboa, 12 jan 2021 (Ecclesia) – A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) alerta para “hostilidade crescente” contra crentes na Europa, segundo dados do Relatório sobre a Liberdade Religiosa, que vai apresentar em abril.

“Em muitos países do mundo, embora não haja perseguição pública visível há cada vez mais ressentimento e hostilidade em relação aos crentes. Isto está a tornar-se cada vez mais evidente na Europa”, disse o presidente executivo internacional da AIS.

Na informação divulgada pelo secretariado português da fundação pontifícia, Thomas Heine-Geldern explica que os cristãos hoje “são confrontados em duas frentes com um ataque radical e profundamente enraizado”, com a tentativa de “destruir as raízes cristãs da sociedade e construir uma sociedade exclusivamente individualista sem Deus”.

O responsável afirma que há sinais de uma crescente “hostilidade e ressentimento” em relação aos crentes na Europa e a liberdade religiosa no mundo “tem vindo a piorar”.

O novo relatório vai analisar o período entre o final de 2018 e a atualidade; a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre adianta que a violência é “cada vez mais visível no mundo islâmico” por parte de grupos terroristas.

“Semeando o terror e a violência e falsificando a religião e o nome de Deus; Uma tentativa de radicalizar os indivíduos e impor à força uma visão fundamentalista do mundo Islâmico”, refere Thomas Heine-Geldern.

Segundo o presidente executivo internacional da Fundação AIS, a situação agravou-se por causa das consequências da pandemia de Covid-19 e “durante este tempo, muitos cristãos, já oprimidos, sofreram uma verdadeira Via-Sacra de pobreza, exclusão e discriminação”.

Thomas Heine-Geldern assinalou que África voltou a ser um “continente de mártires” e no Médio Oriente, onde a situação é “em geral, extremamente grave”, continua a persistir a ameaça jihadista apesar de “pequenos sinais de esperança”.

O secretariado português da fundação pontifícia AIS recorda que o Relatório sobre a Liberdade Religiosa no Mundo é publicado de dois em dois anos; o novo lançamento em 2020 foi adiado por causa da pandemia.

CB/OC

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