Levar a sério as recomendações de Bento XVI

Outrora era um alfobre de vocações, mas actualmente a diocese da Guarda sente a crise vocacional. Apesar desta carência, D. Manuel Felício não pensa importar vocações sacerdotais. “Não creio que seja esse o caminho, a importação não está nosso horizonte” – disse à Agência ECCLESIA o bispo da Guarda. E acrescenta: “o caminho passa pelas comunidades gerarem as suas próprias vocações”. A pastoral diocesana não pode estar relacionada com a “a importação e exportação de vocações”. As comunidades cristãs devem gerar os “agentes de pastoral que precisam” – realçou D. Manuel Felício. A realidade missionária evoluiu nesse sentido. “O missionário vai para organizar a comunidade, mas quanto possível preparar a comunidade local com agentes próprios” – salienta o bispo diocesano. A diocese da Guarda tem de “descobrir dentro de si os agentes de pastoral”. Apesar da falta de vocações, D. Manuel Felício “não deita as mãos à cabeça”. E adianta: “temos de levar a sério as recomendações de Bento XVI”. Aquando da visita Ad Limina dos bispos portugueses, o Papa lembrou uma “nova organização e a articulação dos ministérios, a que nós não estávamos muito habituados”. Quando entrou na diocese da Guarda, em 2005, D. Manuel Felício encontrou “centenas de leigos com preparação para intervir na acção pastoral”. Em relação às comunidades religiosas, o prelado frisou que estas estão “longe de estar devidamente aproveitadas”. A articulação é fundamental para “respondermos as desafios das novas situações” – concluiu.

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