Jubileu: Misericórdia é o critério para a presença da Igreja numa nova época

Padre Rui Valério, missionário da misericórdia, diz que a proposta do Papa foi compreendida

Lisboa, 17 nov 2016 (Ecclesia) – O padre Rui Valério, pároco na Igreja Jubilar da Póvoa de Santo Adrião, em Lisboa, disse à Agência ECCLESIA que a misericórdia é o “critério para a ação” da Igreja na época atual, dando primado à vida.

Para o sacerdote, um dos cinco missionários da misericórdia em Portugal, o Papa Francisco afirma e monstra que, mais do que uma “época de mudanças, como aconteceu há 40, 50 anos”, o mundo hoje está numa “nova época”.

“Há uma nova vida que está a acontecer, uma nova cultura, tudo é novo. E o Papa Francisco, com a proclamação do Ano da Misericórdia, quis dar à Igreja e ao mundo um critério de ação para a nova época: a misericórdia”, sublinhou o padre Rui Valério.

“A Igreja compreendeu e sentiu-se”, sustenta o sacerdote nomeado pelo Papa missionário da misericórdia, que diz nunca ter visto a Igreja a “navegar como peixe dentro da água comos este ano”.

Para o sacerdote, religioso monfortino, a nova época coloca o primado “do lado da vida”, não do “lado do conceito da teoria”, e valoriza “o gesto, a linguagem simbólica”.

“A Igreja considera tudo o que a nossa tradição tem. Mas estamos na fase em que dentro de tudo o que dispomos, há algo que tem um primado, a vida, a vida nova como Deus no-la deu na revelação do Seu Filho”, sublinhou.

“No entender do Papa, é urgente resgatar do esquecimento e sobretudo das más compreensões a identidade e missão do próprio Deus”, referiu o padre Rui Valério, acrescentando que “por diversas vezes Francisco tem manifestado o interesse em repropor à nossa adoração o verdadeiro rosto de Deus”.

Para o sacerdote, a misericórdia é o verdeiro rosto de um Deus, que “não julga, nem que propõe qualquer tipo de violência, nem de exclusão”.

Na Paróquia da Póvoa de Santo Adrião, o Jubileu da Misericórdia foi preparado para proporcionar o acolhimento a quem quis atravessar a ‘Porta Santa’ da igreja paroquial, ‘Igreja Jubilar’ durante este ‘Ano Santo Extraordinário’, e a realização de um ‘Itinerário da Misericórdia’ em oito momentos.

Para o pároco, o Jubileu que termina este domingo, em Roma, motivou uma “grande mobilização”, não deixando “ninguém indiferente”.

“Todos viveram o seu momento da misericórdia no Ano da Misericórdia”, disse o padre Rui Valério, pároco da Póvoa de Santo Adrião e missionário da misericórdia.

Os missionários da misericórdia receberam o “mandato” de serem no mundo sinais do perdão e da misericórdia de Deus, nomeadamente pela possibilidade de perdoar os pecados que estão reservados à Santa Sé, “para que se torne evidente a amplitude o seu mandato”, disse o Papa Francisco ao enviar 1071 missionários da misericórdia para todo o mundo, no dia 10 de fevereiro de 2016, Quarta-feira de Cinzas, celebração litúrgica que marca o início da Quaresma.

PR

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