Jubileu do Santuário de Schoenstatt

No passado fim-de-semana, na Colónia Agrícola da Gafanha, a Família Portuguesa de Schoenstatt (Aveiro, Lisboa, Coimbra, Porto e Braga) recordou em festa o que foi a caminhada dos ideais schoenstattianos, que entraram na diocese de Aveiro na década de 60 do século passado, com o projecto de contribuir para a formação de um homem novo, que fosse capaz de construir uma nova sociedade. Esses ideais nasceram com o padre José Kentenich, em Schoenstatt, na Alemanha, em 18 de Outubro de 1914, e apoiaram-se numa espiritualidade centrada em Nossa Senhora, sob a invocação da Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt, com forte vínculo ao seu Santuário, onde se cultivam as graças do acolhimento, da transformação interior e do envio apostólico. Parafraseando João Paulo II, D. António Marcelino afirmou, na eucaristia de encerramento das festas jubilares dos 25 anos do Santuário de Schoenstatt, no domingo, que o Santuário é um lugar privilegiado para a evangelização. E logo adiantou que o facto de neste dia se celebrar o Dia Mundial das Missões nos deve levar a assumir a urgência de tornarmos mais conhecido Jesus Cristo, que é “o grande projecto da Igreja”. As celebrações iniciaram-se no sábado com um encontro nacional da Juventude de Schoenstatt, na Casa José Engling, e à noite, no Centro Cultural e de Congressos de Aveiro, no momento festivo muito forte, o padre António Maria Borges, um dos principais obreiros daquele Santuário Diocesano, cantou e encantou todos, e foram muitos, os que recordaram a sua acção pastoral e cultural na Gafanha da Nazaré, entre 1977 e 1981. Depois da evocação das “sementes e raízes do Santuário”, com testemunhos de muitos que viveram a sua construção entre Maio e Outubro de 1979, Eduardo Arvins, membro da Família de Schoenstatt, lembrou que esta geração ofereceu à Igreja quatro Irmãs de Maria e um Sacerdote, sendo inúmeros os leigos, de todas as idades, que permanecem fiéis à espiritualidade schoenstattiana, mantendo-se empenhados nas mais diversas acções eclesiais, a nível paroquial e diocesano. À homilia da eucaristia de encerramento, D. António Marcelino não deixou de sublinhar que os Santuários devem falar sempre de Deus, referindo que, se alguém se fixar só em Nossa Senhora, não compreende que Maria tem apenas a missão educadora de nos indicar seu filho Jesus. “A Mãe faz-nos compreender o que deve significar para nós a grande riqueza que é para todos Jesus Cristo”, disse. O prelado frisou ainda que “um peregrino do Santuário é sempre um mendigo de Deus” e que ali não há espaço para o orgulho. “O Santuário é um lugar privilegiado de silêncio, de oração, de graças, de conversão e de evangelização”, afirmou.

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