Objetivo é encerrar o Ano Santo com «uma recordação viva» de misericórdia
Portalegre, 15 nov 2016 (Ecclesia) – A Diocese de Portalegre-Castelo Branco assinalou o encerramento do Jubileu da Misericórdia com a doação à CERCI – Cooperativa de Educação e Reabilitação de Crianças Inadaptadas – do edifício e do terreno que esta estava a utilizar atualmente.
De acordo com informações avançadas à Agência ECCLESIA, o bispo diocesano, D. Antonino Dias, explicou este gesto com o objetivo de concluir o Ano Santo com “uma recordação viva” da misericórdia.
Este domingo, o prelado recordou o desafio que o Papa Francisco deixou às comunidades cristãs, no decurso do Jubileu, para que “cada diocese erguesse uma estrutura de misericórdia: um hospital, uma casa para idosos, para crianças abandonadas, uma escola onde não houvesse, uma casa para recuperação dos toxicodependentes”.
“Tantas coisas que se podem fazer! Seria bom que cada diocese pensasse nisto: o que posso deixar como recordação viva, como obra de misericórdia viva, como chaga de Jesus vivo neste Ano da Misericórdia?”, interpelava Francisco.
“Para atender” ao desafio do Papa argentino, a diocese raiana quis “doar à CERCI a estrutura residencial e o terreno envolvente que se situa na Quinta da Lagem e que, desde julho de 2014, já se encontra ao serviço da referida instituição”.
A Cooperativa de Educação e Reabilitação de Crianças Inadaptadas é uma instituição de solidariedade social empenhada no apoio e intervenção junto de crianças, jovens e adultos com deficiência ou incapacidade em diferentes áreas.
O seu trabalho estende-se por áreas como a “educação, ocupação, residência, reabilitação e formação profissional e emprego protegido, bem como a prestação de apoio social aos próprios e respetivas famílias, visando a defesa dos seus direitos individuais e de cidadania, designadamente no quadro de promoção do direito à igualdade de oportunidades”, realça D. Antonino Dias.
O bispo de Portalegre-Castelo Branco destaca a importância de, no contexto deste Jubileu da Misericórdia, as pessoas não se deixarem “cair na indiferença que humilha”.
“Percebamos o drama de quem precisa e tenhamos a capacidade de escutar o seu grito de ajuda com os ouvidos do coração, agindo em conformidade”, conclui o responsável católico.
JCP