Jubileu: Cardeal-patriarca alerta para «isolamento» que leva à tristeza

D. Manuel Clemente apresenta reflexão sobre obras de misericórdia «Consolar os tristes e perdoar as injúrias»

Lisboa, 12 mar 2016 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa apresentou uma reflexão sobre duas obras de misericórdia espirituais, “consolar os tristes e perdoar as injúrias”, alertando para as consequências do “isolamento” na sociedade atual.

“Porque a tristeza vem muito, e muitíssimo, deste isolamento, deste descaso, deste descarte em que muitas vezes os outros estão. Por isso, sozinhos não conseguem levar por diante nem a vida, nem o sentimento que os assalta”, refere D. Manuel Clemente, numa intervenção divulgada através do YouTube e da página do patriarcado na internet.

O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa sublinha que estas obras de misericórdia não se devem “esquecer, antes pelo contrário”.

“A tristeza é sempre a outra face do isolamento. Do isolamento que nos é infligido ou do isolamento que às vezes nós próprios mantemos. Então, consolemos a tristeza com companhia, com presença, com apoio, com estímulo”, observou.

A reflexão realçou depois a importância do “perdão”, com a consciência de que todos precisam dele.

“No fundo, quando nós perdoamos estamos, de algum modo, a deixar passar por nós aquilo que recebemos de Deus, com capacitação permanente para andarmos em frente, para retomarmos caminho, para não ficarmos presos no próprio mal que às vezes praticamos”, precisou.

D. Manuel Clemente afirmou que a Quaresma, tempo de preparação para a Páscoa, deve ser uma “ caminhada penitencial e de conversão” à misericórdia de Deus.

“De um Deus que não desiste de nós, então não desistamos dos outros e perdoemos como somos perdoados”, concluiu.

OC

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