Jovens Sem Fronteiras, 20 anos

Solidários na Missão Jovens Sem Fronteiras, 20 anos A Foz do Arelho (Caldas da Rainha) deu à luz, em 1982, o primeiro grupo paroquial de Jovens Sem Fronteiras. Foi o começo de um sonho que, vinte anos depois, se tornou já realidade do Minho ao Algarve, de Angola a Cabo Verde, de França a S. Tomé e Príncipe. Foi na Foz do Arelho que as ‘jovens sem fronteiras’ de há 20 anos contaram aos actuais a Missão que lhes corre ainda nas veias. Foi na manhã do dia 5 de Setembro, durante a Eucaristia de Acção de Graças que encheu de festa a Igreja Paroquial. Este momento celebrativo foi apenas um de muitos que se realizaram ao longo de 2003, com relevo particular para o ‘Especial JSF – 20 anos’ que decorreu de 31 de Agosto a 7 de Setembro. O testemunho dos ‘anciãos’ O dia 31 de Agosto, no Seminário da Torre d’Aguilha (Cascais) foi ponto de encontro para seis centenas de ‘antigos’ Jovens Sem Fronteiras. A presença do fundador, o P. Firmino Cachada, actualmente a trabalhar em Bruxelas, foi um bom pretexto para um encontro com a história, um regresso ás raízes, um sã confraternização. A partilha feita pelo Paulo Vaz, primeiro Presidente Nacional, questionou o caminho feito e abriu um debate sobre caminhos a abrir e a palmilhar, rasgando novos compromissos de Missão sem fronteiras. A boa notícia que todos receberam estava impressa: os Estatutos dos JSF foiram aprovados pela Conferência Episcopal Portuguesa a 24 de Junho de 2003. Missão nas fronteiras ‘Estar perto dos que estão longe sem estar longe dos que estão perto’ é uma frase que tem norteado os JSF. Para dar corpo a este ideal, um grupo esteve em Kalandula (Angola) e dois outros estiveram em Alvalade do Sado e Baleizão (Beja) durante o mês de Agosto. Durante o ‘Especial JSF 20 anos’, Braga apostou na casa de S. João de Deus (Barcelos), o Porto apostou nos idosos das Irmãzinhas dos Pobres e nas crianças da Obra do P. Gil (Feira). Lisboa foi até Ermidas do Sado (Beja) ao encontro dos idosos e das crianças. Na quinta-feira, dia 5, todos os caminhos foram dar à Ribeira do Fárrio (Ourém) onde teve lugar o I Encontro Nacional em contexto paroquial. Depois da celebração da Eucaristia, o grupo rumou até ao Caneiro (Ourém) onde a comunidade local os esperava. Ali almoçaram e dali foram enviados em peregrinação a pé até Fátima. A presidência do Terço das 21h30 marcou este dia. De Fátima, os JSF partiram para o Seminário da Torre d’Aguilha, em Cascais, passando pela Foz do Arelho. 201 JSF no Nacional 2003 Foi um record, ultrapassou-se a barreira dos 200! O Seminário da Torre d’Aguilha conseguiu ‘acantonar’ esta multidão que partilhou experiências, rezou, reflectiu, escutou e divertiu-se muito. Os JSF foram confrontados com onze workshops sobre a Missão ( no masculino e no feminino), a imigração, a solidariedade e o desenvolvimento, o voluntariado, a pastoral prisional, a ajuda humanitária e os direitos humanos, as animação missionária da Igreja em Portugal, o trabalho com deficientes de foro psiquiátrico. Momento alto foi a partilha da jornalista Laurinda Alves, directora da Revista XIS e comentadora na Rádio Renascença. Apelou à confiança em Deus e em si próprios. Referiu o ‘mais e melhor’ como objectivo de conversão, apostando nos propósitos de vida: poucos, pequenos e possíveis’ contra os grandes pecados: desânimo, desalento e desespero’. Elogiou o papel das minorias, dos remadores contra a maré porque as massas são sempre acríticas. No manhã de domingo, o P. José Manuel Sabença, Superior Provincial dos Espiritanos, apontou alguns caminhos de futuro aos JSF. Ligado ao Movimento desde a primeira hora, o P. José Manuel apresentou 20 razões (todas com esquema de email!)… para olhar com confiança o futuro. Festival da Canção Sem Fronteiras O momento com mais vibração foi o I Festival da Canção Sem Fronteiras realizado no salão Paroquial de S. Domingos de Rana (Cascais). Foram nove as canções concorrentes. A apresentação, sempre muito animada, esteve a cargo da Marta Ventura e do Carlos Duarte Bastos, da Rádio Renascença, e o júri foi presidido pelo P. Manuel Durães Barbosa, director da Obras Missionárias Pontifícias. A Canção vencedora foi ‘Servir é viver’ dos JSF de Braga que também ganharam o prémio da melhor interpretação. O 2º lugar foi para os JSF de Benfica com a canção ‘Sol na Missão’ e o 3º coube aos JSF de Tires que cantaram: ‘Brilha o Sol…’. A melhor letra foi para a canção ‘Missão é Festa’ dos JSF de Benfica. No intervalo, houve um espaço de dança que galvanizou a sala cheia, proporcionado pelos JSF que fizeram a Ponte em Angola e as semanas missionárias no Alentejo. O envio em Missão A Eucaristia de encerramento foi uma Festa da Missão. Ali se juntaram aos 200 JSF muitos dos ‘antigos’ que participaram no encontro do domingo passado. No ofertório, cada grupo de campo entregou um símbolo de compromisso. Na acção de graças, coube aos mais velhos agradecer estes vinte anos de Missão sem fronteiras. Na hora de partir, lia-se nos rostos a alegria de regressar às suas terras de origem onde a Missão continua como urgência. Como dizia o P. José Manuel Sabença: ‘ Por mil e uma razões, creio poder dizer que JSF não é nem nunca será Jovens Sem Futuro, mas sim Jovem Sempre Forte, porque animado e fortalecido pela luz de Cristo’. Tony Neves Coordenador Nacional dos JSF

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top