Jornal do Vaticano arrasa «Bússola Dourada»

O jornal do Vaticano, L´Osservatore Romano (OR), criticou duramente o filme «A Bússola dourada», do norte-americano Chris Weisz, considerando que a obra “mostra um mundo de fantasia sem emoção, sem esperança e sem amor”. Para o quotidiano, o filme reflecte a ideologia anti-cristã de Philip Pullman, autor da saga em que se baseia a película. “É um filme que nos deixa frios, porque traz consigo o desespero e a frieza da revolta, da solidão e do individualismo”, refere a edição italiana do jornal. Segundo o OR, “no mundo de Pullman a esperança pura e simplesmente não existe, em parte porque não há salvação, mas apenas a capacidade pessoa e individualista de controlar a situação e dominar os acontecimentos”. O Vaticano lembra que é clara a antipatia do escrito pelas religiões e que os seus livros são baseados numa “ideologia ateísta”. O filme lançado neste Natal apresenta uma ditadura pseudo-religiosa chamada “Magisterium” e outros elementos passíveis de serem vistos como anti-religosos. O OR considera que o resultado final é um filme que mostra um mundo vazio, sem amor, “muito distante da humanidade”. O artigo assinala o facto de «A Bússola Dourada» não estar a ter o sucesso esperado nas bilheteiras, o que poderia travar os planos de adaptar ao cinema os outros livros da trilogia de Pullman. “Se tal acontecer, não se perde grande coisa”, refere o jornal do Vaticano.

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