Fundação Evangelização e Culturas pretende avançar para um projecto de escala nacional, valorizando recursos disponíveis Uma Agência de Desenvolvimento poderá ser o passo seguinte da Fundação Evangelização e Culturas – FEC, que se encontra a redefinir a sua missão para os anos entre 2008-2013. Uma agência “à escala portuguesa”, explica Pedro Costa Jorge, Coordenador do Departamento de Administração Geral, que possa continuar o trabalho encetado pela FEC, sem esquecer a mais-valia dos recursos humanos que actualmente dispõem, através das relações com a Igreja missionária, sempre com a marca do desenvolvimento. Este desenvolvimento implica “trabalhar em várias áreas”, sustenta Pedro Jorge, “sem sobrepor esforços”. O Conselho de Fundadores – CEP, CIRP e FNIS – da FEC esteve reunido para apresentação do plano de actividades de 2008, de onde emergem três dimensões fundamentais. Apoiando as comunidades no terreno, os parceiros privilegiados, que correspondem aos fundadores, a FEC pensa numa forma de trabalhar desenvolvendo projectos, conseguindo financiamentos nacionais e internacionais também, pois a FEC circula numa esfera internacional. Até Março esta reflexão decorre. Na próxima reunião, serão “repensados os compromissos da actual direcção”, numa análise alargada. 2008 será uma ano decisivo para esta definição, mas entretanto “os projectos não param”, e os que estão em curso, “foram revalidados”, aponta Pedro Jorge. Os projectos que se desenvolvem no terreno correspondem à forte aposta da FEC na área da capacitação de recursos humanos, onde se inserem os projectos de cooperação para o desenvolvimento. O projecto “+ Escola”, a ser desenvolvido na Guiné-Bissau aposta, especificamente, na capacitação de professores nas áreas de língua portuguesa, matemática e ciências integradas. O projecto “Edusaúde” a decorrer em Timor, desenvolvido em parceria com a província portuguesa dos Irmãos São João de Deus, aposta na educação para a saúde básica. Os Centros de Desenvolvimento Educativo são outra aposta de continuidade, pois pretendem fornecer a profissionais da educação e ao público em geral o acesso ao conhecimento. Estes espaços apresentam-se no interior de alguns países como a única fonte de acesso a livros, materiais didáctico-pedagógicos e computadores. Projecto de educação para o desenvolvimento “Enlaces” que envolve cinco municípios portugueses – Seixal, Setúbal, Grândola, Aveiro, Santa Maria da Feira e a associação Orbis, e trabalha na área da sensibilização da opinião pública. Estes são projectos que “confirma a estratégia que o Conselho de Administração definiu para a Fundação”, que versava numa forma aposta em acções de capacitação “tendo a FEC como promotora e executora, e noutras apenas como promotora”, explica Pedro Jorge. Outra vertente é o apoio à Conferência Episcopal Portuguesa, a CIRP e a FNIS, nas suas iniciativas. Este apoio não é novo, “mas tem havido um reforço junto dos religiosos”. O início, em 2000, do projecto de rádio Luso Fonias, é exemplo desse apoio. “Um projecto que começou pequeno, mas que se sustenta e encontra parcerias em muitos países lusófonos”, adianta o coordenador. A FEC deseja também reforçar o diálogo “com as missões que estão no terreno”, através da CIRP, para perceber os projectos desenvolvidos e de forma “a encaminhar, dentro das suas áreas, para as organizações da Igreja correspondente”, daí as parcerias com a Caritas Portuguesa ou a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre. O apoio aos Institutos religiosos e seculares desenvolve-se pelos projectos, que no terreno, a Fundação sustenta. Sempre em parcerias com “as dioceses e as províncias”. Dentro da especificidade de cada congregação e das necessidades de cada país, “a FEC quer optimizar essas capacidades” e conseguir “profissionalizar a generosidade”, explica o Coordenador do Departamento de Administração Geral. A Fundação Evangelização e Culturas é uma Organização Não Governamental para o Desenvolvimento, instituída pela Igreja Católica em Portugal (Conferência Episcopal e Institutos Religiosos) e presidida por D. Jorge Ortiga, em representação da Conferência Episcopal Portuguesa. Tem como missão fomentar, potencializar e coordenar as vontades e os meios da Igreja portuguesa no seu relacionamento e cooperação com os países lusófonos, através de projectos de cooperação e sensibilização da sociedade para as questões do desenvolvimento.