Jornada Diocesana da Acção Católica

A Direcção Diocesana de Viseu da ACR, da LOC-MTC e do MEC promoveram, no dia 17 de Setembro, no Centro Pastoral, um encontro para militantes, simpatizantes e sacerdotes com o fim de olhar para o presente e o futuro da Acção Católica entre nós. Há quem tenha a ideia errada que estes movimentos da Igreja perderam actualidade e que todo o esforço para os ressuscitar é inglório e que o seu método clássico de VER-JULGAR E AGIR é uma método esgotado. Através deste encontro, em que participaram cerca de 8 dezenas de pessoas, com a presença de treze sacerdotes, ficou demonstrado, depois de ouvir falar um Historiador deste movimento, o Prof. Doutor António Matos Ferreira, da Universidade Católica, depois de ver os testemunhos de vários militantes e a palavra autorizada do nosso Bispo, D. António Marto, ficámos com a certeza de que este Movimento não perdeu actualidade e que o seu método – VER, JULGAR E AGIR não está esgotado. O orador principal, Dr. António Matos Ferreira, disse-nos que, analisando as várias memórias da A.C., fica-se com a ideia de que ela foi algo de muito importante na vida da Igreja e da sociedade. Embora a realidade social, económica e cultural não seja a mesma de há 50 anos, porque a mudança aconteceu em todos os sectores da vida do homem , tendo-se a sociedade transformado numa sociedade laicizada e secularizada, mesmo assim a Igreja não pode ficar alheia a essas mudanças e deve continuar a falar, com outra linguagem, para uma sociedade plural e diversificada, tendo em conta as mudanças e a nova realidade que nos interpela e nos desafia no sentido indicado pelo Concílio Vaticano II. O orador que devia falar do perfil do assistente, não pôde vir, por razões pessoais, mas o Doutor António Matos Ferreira lançou três desafios aos que porventura venham a ser assistentes da A.C. : 1. A importância de criar relações inter-pessoais e de promover uma cultura de acolhimento; 2. O assistente é importante num grupo mas não é tudo. O mais importante não é que ele tenha respostas para tudo , mas saiba pôr as questões adequadas… 3. Criar em cada grupo uma dinâmica celebrativa, uma dinâmica de acção de graças pelos dons que Deus nos confia para criar um mundo mais justo e mais fraterno. O discurso agradou aos participantes e levantou várias questões tanto aos sacerdotes presentes como aos leigos que o quiseram , em debate aberto e acalorado. O Senhor Bispo encerrou o encontro. Começou por dizer que “tem uma estima particular pela A. C. . O Nosso Prelado continuou dizendo que “a vossa missão, nalguns aspectos, é insubstituível e que agradecia ao Senhor tudo o que a A.C. tem feito pela diocese”. (…)“Desejo apoiar o vosso empenhamento, que foi expresso pelo Papa João Paulo II numa espécie de programa : Contemplação, Comunhão, Acção, Formação, Fidelidade à vossa vocação laical. Redescobri, saboreai e vivei a grandeza e dignidade da vossa vocação de leigos no mundo complexo em que vivemos”. O nosso Bispo falou, com insistência, na necessidade de formar líderes para o mundo de hoje e de fazer a divulgação da doutrina social da Igreja. A terminar disse-nos ainda: “Não desanimeis, mesmo quando encontrardes incompreensão, dificuldades, indiferença ou portas fechadas”. Como ideal para todos fica esta nota : O belo na A. C., ou em qualquer movimento de Igreja, consiste na comunhão eclesial e em os membros serem totalmente apaixonados por Cristo, pelo mundo, pela Igreja e pela sua missão dentro da História e ao serviço do homem .

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