Marie Simon-Pierre diz que o milagre foi uma «bênção para a Igreja e para o mundo»
Octávio Carmo, enviado da Agência ECCLESIA ao Vaticano
Cidade do Vaticano, 30 abr 2011 (Ecclesia) – A religiosa francesa Marie Simon-Pierre, que o Vaticano acredita ter sido curada da doença de Parkinson por intercessão de João Paulo II, disse hoje que não toma qualquer medicação “há seis anos”.
A irmã apresenta esta noite o seu testemunho na vigília de oração que prepara a beatificação do Papa polaco, marcada para domingo, numa intervenção antecipadamente divulgada pela sala de imprensa da Santa Sé.
“Há seis anos que não tomo medicamentos e depois da minha cura voltei a encontrar um ritmo normal”, diz a freira das Irmãzinhas das Maternidades Católicas.
Afetada pela doença desde 2001, então com 40 anos, Marie Simon-Pierre explica que deixou de sentir sintomas “na noite de 2 para 3 de junho de 2005”, depois de uma novena de oração a João Paulo II, pedindo “um milagre”.
Uma cura mantida em segredo com a superiora da casa religiosa durante quatro dias, até que a 7 de junho a consulta de rotina no neurologista se transformou na constatação do “desaparecimento total dos sinais clínicos” do Parkinson.
“É como um segundo nascimento, uma segunda vida”, acrescenta a religiosa francesa, para quem esta cura é também “uma bênção para a Igreja e para o mundo”.
“É com grande emoção que aceitei dar o meu testemunho. Fiquei profundamente tocada pelo facto de ter podido beneficiar desta graça da cura e por saber que ela contribuiu para a beatificação de João Paulo II”, acrescenta.
Para a beatificação, exige-se o reconhecimento de um milagre atribuído à intercessão do fiel em causa, sendo necessário que a cura tenha acontecido de forma espontânea, completa, duradoura e inexplicável à luz da ciência atual.
Bento XVI aprovou a 14 de janeiro a publicação do decreto que comprova o milagre atribuído à intercessão de João Paulo II (1920-2005), concluindo assim o processo para a sua beatificação.
OC