João Paulo II e o Rosário

Aura Miguel – jornalista da Rádio Renascença João Paulo II e o Rosário “O Rosário é a minha oração predilecta. Oração maravilhosa! Maravilhosa na simplicidade e profundidade”. Estas palavras de João Paulo II, proferidas em 29 de Outubro de 1978, uma semana depois de ser Papa, são esclarecedoras da sua devoção. Sempre que o vemos, num momento de pausa, no papamóvel, ou mesmo nos encontros mais longos com jovens (enquanto se ouvem músicas ou executam danças), é frequente perceber que, naquele instante está a rezar o terço. O presente que mais gosta de oferecer a todos os que o visitam, mesmo aos que não são católicos, nem têm fé, é sempre o terço. E mesmo depois de ser eleito Papa nunca deixou de assinalar a devoção dos primeiros sábados, segundo os pedidos da Virgem de Fátima, tal como o fazia na Polónia. A relação de João Paulo II com Nossa Senhora começou em criança. Órfão de mãe com 7 anos, Wojtyla habituou-se a rezar diariamente junto da imagem de Nossa Senhora da sua paróquia. Todos os dias o jovem Karol desabafava as suas alegrias, tristezas e esperanças, tal como se o fizesse com a sua mãe. Esta relação cresceu ao longo da sua vida e, quando foi eleito bispo, assumiu como lema o que há muito já vivia: Totus Tuus. Inspirado na doutrina de São Luis Maria Grignont de Monfort, João Paulo II recorda que “toda a nossa perfeição consiste em sermos configurados, unidos e consagrados a Jesus Cristo.”. E, como Maria é, entre todas as criaturas, a que mais se configura a Cristo, “quanto mais uma alma for consagrada a Maria, tanto mais será a Jesus Cristo”. O Papa diz mesmo que “nunca como no Rosário o caminho de Cristo e o de Maria aparecem unidos tão profundamente. Maria só vive em Cristo e em função de Cristo.” Este é o modelo de João Paulo II e podemos dizer que é também o seu retrato. Ao decidir assinalar os 25 anos do seu pontificado, convocando o Ano do Rosário, Wojtyla confirma, uma vez mais o Totus Tuus da sua vida. E o seu maior desejo é alargar esta certeza aos homens e mulheres do mundo inteiro. “Recitar o Rosário nada mais é senão contemplar com Maria o rosto de Cristo”, escreve na Carta Apostólica Rosarium Virignis Mariae. “Meditar com o Rosário significa entregar os nossos cuidados aos corações misericordiosos de Cristo e da sua Mãe. À distância de vinte e cinco anos, ao reconsiderar as provações que não faltaram nem mesmo no exercício do ministério petrino, desejo insistir, como para convidar calorosamente a todos, a fim de que experimentem pessoalmente isto mesmo: verdadeiramente o Rosário «marca o ritmo da vida humana» para harmonizá-la com o ritmo da vida divina, na gozosa comunhão da Santíssima Trindade, destino e aspiração da nossa existência”. Com tantas garantias pessoais de João Paulo II, possamos nós também testemunhar, especialmente neste Ano Mariano, a importância da recitação do Rosário na nossa vida! Aura Miguel (jornalista da Rádio Renascença)

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