JMJ Lisboa 2023: «Se terminasse hoje, já teria valido a pena» – António Fonseca

Ligado à comunicação desde sempre, António Fonseca já participou em inúmeros projetos ligados à Igreja católica sempre de forma discreta e generosa, onde procura fazer pontes e valorizar testemunhos que de forma silenciosa constroem as comunidades e trazem o bem ao mundo

Foto: Agência ECCLEISIA/MC

Lisboa, 28 jun 2023 (Ecclesia) – António Fonseca, que trabalha no departamento de comunicação da Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023, disse à Agência ECCLESIA estar a fazer parte de “um sonho muito bonito” e que está já a valer a pena.

“Se terminasse hoje já teria valido a pena para mim, e para a Igreja em Portugal. Na minha secretária estão pessoas do México, Portugal, Brasil Itália, América que dão meses da sua vida para construir a JMJ, com um desejo autêntico que Jesus seja conhecido, o Papa seja acolhido e a mensagem de construção de um mundo novo seja efetiva. Isto é vitalizante e contagiante. Vejo isso a acontecer na Igreja e estes laços não acontecem de cima para baixo, mas ali se percebem porque já existem”, conta em entrevista.

António Fonseca, que desde criança quis trabalhar em comunicação, aponta o “bem” que este encontro vai provocar em Portugal, entre os dias 1 e 6 de agosto.

“No dia 7 de agosto vamos estar todos muito cansados, mas vai valer a pena. Não vai correr tudo bem – a minha experiência na jornada é que há coisas que falham – mas não é isso que fica. Vai valer a pena pelos laços, pela experiência de Deus e, para quem não é crente pela experiência de fraternidade”, valoriza.

“Não sabemos o bem que 600 mil jovens provocam ao cantar, brincar e festejar numa cidade, ou em aldeias desertificadas que, em três ou quatro dias, recebem 100 ou 200 jovens; o bem que isso faz também do ponto de vista humano. Isso não tem preço, não sabemos os frutos que isso vai ter”, acrescenta.

Na organização da JMJ Lisboa 2023 faz a ponte com operadores para a transmissão internacional do encontro: “Fazer pontes entre pessoas que são tecnicamente fantásticas e a linguagem da Igreja, e a forma como esta deve comunicar este encontro, que é mais do que um conjunto de eventos”.

Na sua vida profissional António Fonseca valoriza o trabalho de “bastidores” e a possibilidade de contribuir, “de forma discreta”, para a consolidação de pontes e concretização de projetos.

“Na realidade o meu percurso tem sido uma busca de fidelidade ao que Deus me vai pedindo: os projetos vão surgindo, por fidelidade e resposta que vou dando, gosto em poder fazer pontes entre várias sensibilidade e por me sentir chamado a ampliar as vidas bonitas e os testemunhos, que tantas vezes são feitos de forma discreta”, destaca.

Juntamente com a esposa Cláudia Sebastião, mantém, há 16 anos, um podcast «Caminho de Emaús» onde conversam com “santos da porta ao lado”.

“Vejo à minha volta o testemunho de tanta gente anónima que faz tanto bem de forma discreta que é muito bonito. Há santos da porta ao lado, como diz o Papa, que não fazem para que sejam vistos, mas é importante que sejam valorizados para que sirvam de inspiração”, reconhece.

António Fonseca recorda ainda o seu crescimento na fé e a forma como, num caminho de coerência e responsabilidade dado pelos pais, levou os progenitores a regressar à prática religiosa.

A conversa com António Fonseca a pode ser acompanhada esta noite no programa ECCLESIA na Antena 1, pouco depois da meia-noite, e escutada posteriormente no portal de informação ou no podcast «Alarga a tua tenda».

LS

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