JMJ Lisboa 2023: Cantor Augusto Canário destaca importância da «comunidade» e afirma que Jornadas «são cruciais» na formação dos jovens (c/fotos)

Diocese de Viana do Castelo promoveu «arraial da juventude»

Foto: Agência ECCLESIA/CB

Viana do Castelo, 23 jan 2023 (Ecclesia) – O cantor Augusto Canário incentivou à participação na JMJ Lisboa 2023, falando no ‘Arraial da Juventude’ que decorreu na noite de sábado, em Viana do Castelo, destacando a importância da paz, do diálogo intergeracional e da comunidade.

“É preciso tirar os auscultadores e abrir os ouvidos, abrir os olhos para o mundo e ver, aprender com os mais velhos e os mais velhos saberem transmitir aos mais novos aquilo que vem de trás de melhor que é viver em comunidade. Nesse sentido, acho que estas Jornadas são cruciais porque em primeira instância destinam-se a uma camada da população de uma idade muito jovem, é aquela fase da vida em que ganhámos os ideais que nos podem orientar para o resto da vida”, disse à Agência ECCLESIA, no Santoinho.

O Secretariado da Pastoral Juvenil de Viana do Castelo promoveu uma celebração típica do Minho, integrado na peregrinação diocesana dos dois símbolos da JMJ, na Quinta de Santoinho.

Augusto Canário, com a sua concertina, cantou de improviso sobre a cruz peregrina, a imagem de Nossa Senhora, o logo da JMJ Lisboa 2023 – “o caminho, o Terço, está tudo na imagem muito simples, a mensagem de Nossa Senhora a sua prima Santa Isabel”.

É um orgulho muito grande saber que estamos perante os nossos símbolos, os símbolos dos jovens, e simboliza também a nossa união entre os jovens para todo este caminho para as jornadas. É muito emocionante estar na presença dos símbolos” – Matilde Barreto, 15 anos, da Paróquia de Vila de Punhe.

Augusto Canário, católico, antigo seminarista e dirigente escutista, explicou que aceitou o convite do padre Domingos Meira, o diretor da pastoral juvenil diocesana, por vários motivos, como o facto de os netos estarem envolvidos nesta atividade.

“O convite ‘obriga-me’ a estar presente no sentido humano, no sentido comunitário e de cidadão. Estamos num tempo em que precisamos de juntar não só os jovens, mas as pessoas de todas as idades em torno de um ideal de paz”, desenvolveu.

Foto: Agência ECCLESIA/CB

O bispo de Viana do Castelo explica que a passagem dos símbolos da JMJ na diocese tem tido o “condão” de ser “um conteúdo, uma mensagem, um desafio, e um chamamento”, com “um saldo muito positivo” pelo seu “poder mobilizador”.

“Para mim tem sido muito agradável ver que realmente a oração se interliga com a festa, que a leitura bíblica e a meditação da Palavra de Deus também têm uma relação com tudo aquilo que são as expressões culturais, sobretudo dos jovens, mas também de muitas outras pessoas, que as diversas gerações estão em comunhão umas com as outras, entre jovens, idosos, mais velhos, famílias também se juntam à volta dos símbolos para se reconhecerem uma única família e todos a caminharem, afinal as Jornadas Mundiais da Juventude são para todos”, desenvolveu D. João Lavrador.

Em declarações à Agência ECCLESIA, o bispo da Diocese do Alto Minho destacou que a Igreja local está a ter “expressão” do “sentido comunitário, da comunhão entre todos”.

“São João Paulo II reconheceu que estávamos numa época nova da história, que era necessária uma nova evangelização. Reconhecia que era preciso implementar o Evangelho nesta nova cultura que se desenhava e está a desenhar no horizonte do mundo, por isso, nada melhor do que convocar os jovens”, explicou D. João Lavrador.

O padre Domingos Meira explicou, por sua vez, que os símbolos da JMJ tinham de ter “esta experiência num arraial que é característico do Alto Minho”, e que “o Santoinho aceitou abrir excecionalmente” durante a peregrinação, “e ajudar a apoiar os jovens” na sua participação na Jornada Mundial da Juventude, em Lisboa, de 1 a 6 de agosto.

“A adesão foi boa, não pudemos receber mais pessoas.; A nossa ideia é os símbolos estarem onde nós estamos e também na festa e naquilo que nos carateriza”, referiu à Agência ECCLESIA.

Acho que no coração de todos os minhotos há sempre um gosto, aquela paixão pelos arraiais, pelas festas, e isto é trazê-los para o nosso meio, é a prova de que os jovens estão bem quando estão juntos e gostam de trazer as coisas para os sítios onde se sentem bem” – Maria Luís, da Paróquia da Meadela, equipa do COD de Viana do Castelo.

Foto: Agência ECCLESIA/CB

Segundo o padre Domingos Meira, que é também o coordenador do Comité Organizador Diocesano (COD) de Viana do Castelo para a JMJ 2023, a peregrinação da Cruz e do ícone de Nossa Senhora, desde o dia 29 de dezembro de 2022, “tem surpreendido” pela forma como as pessoas e as instituições “abrem as portas aos símbolos por aquilo que eles significam”.

“Estamos no momento de fazer uma avalanche, era isso que pensava no início da peregrinação, e penso que está a acontecer esta avalanche na diocese de mobilizar os arciprestados, as equipas, as paróquias, os padres, os jovens”, desenvolveu o sacerdote.

Estou com as expectativas muito elevadas, graças aos eventos que foram passando desde que estamos a preparar. Espero conhecer ainda mais gente, pessoas incríveis que conheci até agora, espero que continue assim” – Diogo Sousa, Paróquia de Santa Maria de Carreço (Arciprestado de Viana do Castelo).

As edições internacionais da Jornada Mundial da Juventude são um acontecimento religioso e cultural que reúne centenas de milhares de jovens de todo o mundo, durante cerca de uma semana; a próxima edição internacional da JMJ vai realizar-se este ano, de 1 a 6 de agosto, em Lisboa.

CB/OC

 

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