JMJ 2023: «Eferreá» recebeu símbolos da Jornada Mundial da Juventude na cidade de Coimbra (c/fotos)

Cruz e ícone de Nossa Senhora atravessaram ponte de Santa Clara e rio Mondego, para encontro singular com a rainha Santa Isabel

Foto: Agência ECCLESIA/LS

Coimbra, 03 abr 2023 (Ecclesia) – Os símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) iniciaram este domingo a sua peregrinação em Coimbra, 18ª etapa nas dioceses portuguesas e momento esperado pelos jovens locais, que começaram a sua preparação “há muito tempo”.

“Eu esperava este momento, esta marcação que as jornadas estão próximas e já as estamos a viver. Este caminho já começou há muito tempo, que agora está a ser percorrido e chegaremos até lá (a Lisboa) com muita alegria”, disse à Agência ECCLESIA Madalena Mendes, jovem de Penela, .

“Vai ser a primeira vez que vou participar nas Jornada e estar aqui hoje faz-me sentir a antecipação. Ainda não começaram oficialmente mas eu estou a sentir as jornadas a acontecer”, acrescentou Ana Sousa, vinda de Pombal.

Foto: Agência ECCLESIA/LS

Dezoito meses depois de a cruz e o ícone de Nossa Senhora terem iniciado a sua peregrinação pelas dioceses portuguesas, os estudantes de Coimbra cantaram o ‘eferreá’, juntando-se à festa que recebeu na estação de comboios os símbolos vindos de Aveiro, para percorrer as ruas, atravessar a ponte de Santa Clara, e encontrar a padroeira da cidade.

D. Américo Aguiar, presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023, entregou à irmandade da Rainha Santa Isabel o seu anel episcopal e o solidéu afirmando “confiar” à padroeira a realização das Jornadas em agosto, entre os dias 1 e 6.

Ana Sousa, vinda de Pombal, afirmou-se surpreendida com a emoção de um encontro entre os símbolos das jornadas e a saída da imagem da rainha Santa Isabel, do mosteiro de Santa Clara.

“Foi muito bom receber os símbolos. Tenho acompanhado nas redes sociais as várias fotos da chegada dos símbolos às dioceses, e vê-los as chegar à rainha Santa foi uma emoção que não estava à espera. Comovi-me várias vezes ao ver os símbolos, perceber a dimensão deste evento. A cruz e o ícone estiveram em muitas jornadas, países e dioceses e chegaram a nós. Senti-me tão avassalada de emoções que não consegui conter as lágrimas e foi muito bonito. Ver a rainha santa, que saiu excecionalmente, foi de uma beleza interior enorme”, regista.

Foto: Agência ECCLESIA/LS

Durante o mês de abril os símbolos vão percorrer a Diocese de Coimbra, cujo assinala o esforço de fazer desta oportunidade um “momento forte de renovação da humanidade”.

“Somos uma pequenina parte da humanidade, mas acreditamos que temos um papel a desenvolver na renovação da humanidade que precisa de luz, entusiasmo, esperança, amor, justiça e paz. Os símbolos são abertos, embora sejam a marca cristã específica, mas são abertos a todos os homens e mulheres de boa vontade que querem fazer algo em comum com os outros”, explicou D. Virgílio Antunes aos jornalistas.

Numa cidade onde os jovens procuram desenvolver a sua formação académica, a coordenadora do Secretariado Pastoral Juvenil Coimbra assinala a procura espiritual dos estudantes.

“Cada vez mais os jovens, e sempre, procuram nesta altura de serem universitários não só o conhecimento mas também tantas outras coisas e outros conhecimentos em outros âmbitos que não apenas o cientifico. Sinto que a espiritualidade é uma outra componente necessária e importante para muita gente, não apenas jovens”, explica Mariana Martinho.

A responsável espera que mais do que uma catequese, a aproximação aos símbolos possa apresentar uma “linguagem de amor”.

“Mais do que falar sobre a fé, que os símbolos mostrem a presença, a proximidade e a linguagem do amor universal, porque é isso que os símbolos permitem: a proximidade entre pessoas que possam mostrar a linguagem do amor” sublinha.

Foto: Agência ECCLESIA/LS

O presidente da autarquia de Coimbra, presente na receção dos símbolos no Mosteiro de Santa Clara, afirmou a necessidade que o mundo tem de mensagens de paz e esperança.

“Se todos vivêssemos em paz e se nos amassemos, o mundo seria melhor. Há sempre esperança, independentemente de todas as vicissitudes da vida, há sempre esperança e alguém que está à nossa espera para nos dar uma mão”, assinalou José Manuel Silva.

Pedro Martins, da paróquia Santo António dos Olivais, acredita que a peregrinação vai chegar a outros jovens que se vão entusiasmar com a realização da JMJ Lisboa 2023.

“Muitos esperam ver os símbolos para a partir dai fazer um caminho de descoberta. Podem não saber bem o que são os símbolos, e importa explicar, mas ligam muito à alegria à volta dos ícones, desta grande organização”, afirmou.

“Se calhar há jovens que não sabem que precisavam e até precisavam (de se aproximar dos símbolos). Espero que os jovens estejam à espera e acho que muitos estão. Outros vão descobrir com a peregrinação que estavam e não sabiam”, acrescenta a Mariana Martinho.

Os símbolos da Jornada encontram-se hoje entre Ferreira do Zêzere e Alvaiázere, regressando na Sexta-feira Santa à cidade de Coimbra para participar na via-sacra e permanecer na Sé Nova durante as celebrações do Tríduo pascal.

LS

JMJ - Peregrinação dos símbolos em Coimbra

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