«Todos sairemos mais ricos desta experiência», diz responsável do Comité Organizador Diocesano
Beja, 30 jul 2023 (Ecclesia) – A Diocese de Beja celebrou na última noite a “Festa das Nações”, no castelo da cidade, oferecendo aos participantes uma viagem pelo mundo através de dança e da música.
O padre Francisco Molho, coordenador do Comité Organizador Diocesano de Beja para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2023, fala na experiência marcante dos ‘Dias nas Dioceses’ (DND), o programa religioso e cultural que antecipa o encontro mundial da próxima semana.
“A cidade está a dar muito, para poder receber estes peregrinos, mas também está a receber muito. Não há dúvida de que todos sairemos mais ricos desta experiência”, refere à Agência ECCLESIA.
O sacerdote destaca o contributo das famílias de acolhimento e a participação das comunidades nas atividades dos DND.
“Há uma abertura de coração, nas pessoas, na cidade, para o acolhimento destes jovens e certamente deixará marcas”, assinala.
O padre Francisco Molho acredita, que após a JMJ, a Igreja Católica em Portugal vai “começar a recolher os frutos”, desta iniciativa.
A “Festa das Nações”, na noite de sábado, apresentou a todos os que quiseram participar a cultura dos peregrinos que procuraram Beja para os DND.
O padre Rou Shi Zhang de Xi’an, na China, acompanha um grupo de peregrinos de várias cidades, aproveitando o conhecimento da língua espanhola, após dez anos de estudos no país vizinho,
“Era uma boa oportunidade para estar aqui e participar na JMJ”, indica, esperando contactar com a comunidade católica de Lisboa.
O sacerdote, que se prepara para celebrar 25 anos de ordenação presbiteral, vê com bons olhos os últimos desenvolvimentos na relação entre o Vaticano e Pequim: “Para nós, na China, em cada dia, é muito melhor”.
A comunidade católica de rito Siro-Malabar, na Índia, trouxe a Beja 16 dos seus membros, incluindo um bispo, após uma “longa preparação”.
O padre Jacob Chakkathra diz à Agência ECCLESIA que o grupo traz “grandes expectativas” para se encontrar com jovens de outras culturas.
“É uma grande experiência, também por poder encontrar o nosso Papa”, acrescenta.
O sacerdote comenta a aplicação da encíclica ‘Laudato Si’ (2015), do Papa Francisco, junto das comunidades juvenis, e os desafios da emigração, para uma Igreja em crescimento, com “bons números” de batizados nas comunidades de vários ritos.
Sijo Thomas, responsável pelo Departamento Nacional da Juventude da Igreja Católica de rito siro-malabar, mostra-se muito entusiasmado com a oportunidade de mostrar o dinamismo dos jovens católicos indianos.
“Não há barreiras, há uma comunhão, uma harmonia”, indica.
O entrevistado assinala a hospitalidade das comunidades alentejanas, nestes ‘Dias nas Dioceses’.
“Receberam-nos com muito amor”, assinala.
Mais de 67 mil e 600 peregrinos, de 126 países, vivem esta semana um programa cultural e religioso especial, em 17 dioceses de Portugal continental e ilhas, preparando o encontro mundial de Lisboa.
HM/OC
