JMJ 2023: Cardeal-patriarca de Lisboa fala em organização «exigente» e saúda esforços para «reduzir» custos

D. Manuel Clemente sublinha necessidade de rigor em obra que vai ficar para «benefício da população»

Foto Agência ECCLESIA/OC

Lisboa, 02 fev 2023 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa manifestou hoje “confiança” nas pessoas responsáveis pela organização da próxima Jornada Mundial da Juventude (JMJ), destacando a exigência das obras, particularmente no Parque Tejo.

“A obra é grande, a obra é exigente, o sítio também não é fácil, e, portanto, tem de se fazer com rigor para correr bem. Quanto mais se puder ser económico melhor, é isso que andam a fazer concretamente estudando todas as essas hipóteses”, afirmou D. Manuel Clemente, aos jornalistas, antes da sessão académica do Dia Nacional da Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa.

Questionado sobre os custos divulgados nos últimos dias, relativamente à realização da JMJ em Lisboa, o cardeal-patriarca sublinhou “tudo o quanto puder ser mais económico é bom”.

Temos de saber porque é que são esses números: dizem que só os fundamentos daquele palco, do recinto, com aquele tipo de chão, são coisas caríssimas, que ficam depois para benefício da população”.

O recinto central da JMJ Lisboa 2023, no Parque Tejo, foi adjudicado por 4,24 milhões de euros à Mota Engil, através de ajuste direto, pela SRU, empresa municipal da Câmara de Lisboa.

Segundo informação disponibilizada no Portal Base da Contratação pública, à construção do palco-altar soma-se o valor de 1,06 milhões de euros para as fundações indiretas da cobertura.

A Câmara Municipal de Lisboa (CML) recebeu hoje uma reunião de trabalho entre responsáveis da autarquia e da Fundação Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023, que debateram “soluções alternativas” para a organização do encontro.

O encontro contou com a presença da CML, Carlos Moedas, e de D. Américo Aguiar, presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023, bem como do vice-presidente da CML, Filipe Anacoreta Correia, do presidente da Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU), António Lamas, responsáveis da empresa Mota Engil e elementos das respetivas equipas de projeto da CML e Fundação JMJ Lisboa 2023.

D. Manuel Clemente afirmou que “a reunião correu bem”, estando todas as partes a “estudar as melhores soluções”.

O cardeal-patriarca de Lisboa afirmou que a Igreja Católica tem “responsabilidade” na forma como projetou a JMJ Lisboa 2023 mas “o evento é muito grande, é uma coisa que nunca se fez em Portugal”.

“Temos dificuldade em referir a outros eventos e fazer comparações. Nunca tivemos uma coisa deste tamanho, desta dimensão, e que fará muito bem a essa multidão de jovens, isso não tenho dúvida nenhuma”, acrescentou.

D. Manuel Clemente realçou que, da parte da organização da JMJ Lisboa 2023, “há toda a preocupação” para que cheguem participantes de sítios que” não é fácil de vir, e viagens que não são fáceis de custear, que há toda essa preocupação social”.

O evento é de uma escala que nos ultrapassa a todos, não estamos habituados a estes números sobretudo dos participantes”.

O maior encontro mundial de jovens promovido pela Igreja Católica, iniciado em 1986 por iniciativa do Papa São João Paulo II, vai decorrer pela primeira vez em Portugal, de 1 a 6 de agosto deste ano.

HM/CB/OC

JMJ 2023: Fundação e Câmara de Lisboa debateram «soluções alternativas» para organização do encontro

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