JMJ 2023: Avós de Porto de Mós disponibilizaram-se para ajudar jovens que «podiam ser netos»

O acolhimento e a preparação das refeições «com o coração» faz ultrapassar o cansaço

Foto: AGÊNCIA ECCLESIA/SN

Porto de Mós, 29 jul 2023 (Ecclesia) – Ludovina Costa, Lia Vitorino e Irene Costa estavam na cozinha da Escola Secundária de Porto de Mós, onde preparavam a refeição para centenas de jovens peregrinos, “que podiam ser netos”.

“Estamos aqui por amor à Igreja, estamos habituadas a ajudar em tudo na comunidade mas nestes dias é para ajudar estes jovens que podiam ser nossos netos, vêm de tantos países, gostam de ser bem recebidos e queremos que sintam isso”, explicam em conversa alternada à Agência ECCLESIA.

Debruçadas sobre um alguidar repleto de cascas de batatas, as três avós contam que “para fazer carne porco à portuguesa é precisa muita batata” e partilham que estavam há mais de quatro horas a descascar batatas. 

“Já foram mais de três sacos de batatas descascadas e não chega”, indica Lia Vitorino.

Além dessa tarefa as três idosas ajudaram ainda na “louça para lavar, a partir legumes e a picar alhos”.

Apesar de reformadas, “mas sempre com trabalho”, as três voluntárias de Porto Mós referem que “têm os netos e as suas vidas mas para ajudar deixam tudo”.

Irene Costa partilha ainda que “dormiram pouco”, uma delas dormiu duas horas, mas não há dificuldades para as três amigas, que não paravam de “dar à faca, para não perder tempo”.

“É tudo fácil, quando damos de coração tudo se facilita, nem se sente o cansaço, e esperamos ver muitos sorrisos quando estiverem a almoçar”.

Já Irene Costa, prima de Ludovina Costa recorda que presenciou a chegada dos jovens, para os Dias na Diocese, e não esquece que “foi uma emoção”. 

“Eles chegavam, abraçavam-se à família que os ia receber e tiravam fotos para mandar para casa, mostrando que estavam tudo bem, parece que já se conheciam há muito tempo, foi tão lindo”, partilha.

Também Lia Vitorino contava que em Porto de Mós passou por um grupo de peregrinos e foi “uma alegria”.

“Para a nossa terra é uma alegria, passei por um grupo de jovens e todos a acenar, a dizer adeus, mesmo contagiante”, afirmou. 

As três avós de Porto de Mós continuavam na ajuda à confeção das refeições, nos Dias da Diocese, uma “forma de participar na JMJ”. 

“Estamos a participar, para nós é desta forma, na ajuda e no acolhimento”, rematou.

SN

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Agência ECCLESIA

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