JMJ 2011: 245 jovens de Aveiro rumo a Madrid, passando por Córdoba

Faltam, praticamente, 2 meses para a partida dos cinco autocarros de Aveiro rumo à diocese de Córdoba. De 11 a 16 de agosto será naquela cidade tórrida, do sul de Espanha, que o grupo de participantes de Aveiro vai viver 5 dias de pré-jornada. Dias que serão vividos em famílias de acolhimento numa das mais de 150 paróquias da diocese de Córdoba segundo a equipa de coordenação do SDPJV Aveiro confirmou na recente deslocação àquela cidade.

Esta  viagem, realizada no último fim de semana de maio, contemplou visitas na cidade e arredores bem como encontro  com o responsável de Pastoral Juvenil local, cordenador desta diocese de acolhimento,  tinha como grande objetivo preparar da melhor forma esta pré-jornada, porque como sublinha Ondina Matos, diretora do SDPJV Aveiro “a importância da vivência em pleno dos dias de pré-jornada é um caminho de crescendo desta peregrinação, um caminho que começou já em Aveiro com a passagem da cruz, que vai dia 11 em força com o primeiro grande encontro de todos os participantes e que vai culminar nas várias etapas da viagem, passando na diocese de Córdoba, seguindo depois para Madrid.

Nestas etapas do caminho já estamos em peregrinação, fazendo e testemunhando o rosto mais jovem e mais alegre de Jesus Cristo”.

Dia 11 de junho será o primeiro grande encontro para os 245 jovens da diocese de Aveiro inscritos pelo Secretariado Diocesano de Pastoral Juvenil e Vocacional na Jornada Mundial da Juventude. Se tivermos em conta os jovens que seguem para este encontro através dos seus movimentos diocesanos e um grupo de 15 que apenas dispunha dos dias de jornada em Madrid, que segue com o secretariado diocesano do Porto, na totalidade serão perto de três centenas os participantes da diocese de Aveiro a marcar presença nesta Jornada que pela primeira vez se realiza tão perto do nosso país.

As inscrições terminaram no passado mês de maio e cada jovem pagou 310€ pela sua participação, valor que contempla tudo exceto a alimentação durante as viagens. Como vinha sendo hábito na história de participação em jornadas mundiais da juventude, a diocese de Aveiro apenas considerou a participação com pré jornada e por isso esta foi a única proposta do Secretariado Diocesano da Pastoral Juvenil de Aveiro, um programa de participação completo que implica uma semana de intercâmbio numa das dioceses de acolhimento.

Uma opção propositada que decorre de relatos das experiências anteriores que confirmam que esta é uma semana que marca de forma inesquecível a experiência de Jornada, quer em grupo, quer no intercâmbio cultural e pastoral que se gera entre as duas dioceses, no caso Aveiro e Córdoba.

Neste grupo de 245 participantes estão representados praticamente todos os 10 arciprestados da diocese – Águeda, Oliveira do Bairro, Anadia, Aveiro, Estarreja/Murtosa, Ílhavo e Vagos – à exceção de dois – Sever do Vouga e Albergaria. Um grupo heterogéneo que se enriquece pela presença de 5 padres, 3 seminaristas e duas consagradas.

Neste primeiro encontro de preparação os jovens vão ter oportunidade de se conhecerem melhor, sobretudo os grupos que integram nesta viagem; aprofundarem o conhecimento sobre as jornadas mundiais, nomeadamente a história e o impacto deste encontro mundial nos vários países por onde tem passado, bem como todas as informações de ordem prática como percurso que o grupo vai fazer, material absolutamente necessário de se fazerem acompanhar, espaço de informações e esclarecimentos às famílias e/ou encarregados e um primeiro desafio de trabalho e reflexão sobre a mensagem de Bento XVI para esta jornada mundial.

Ainda antes da partida o grupo volta a reunir dia 16 de julho para tratar de questões mais práticas e continuar o seu percurso de formação conjunto agora já com as catequeses preparadas especificamente para esta viagem e encontro mundial.

Foram várias as dinâmicas levadas a cabo pelos grupos inscritos para a angariação de fundos para as jornadas. Entre os grupos há mesmo quem garante que foram os próprios jovens, individuais ou em grupo, a custearam totalmente a sua participação com as iniciativas que foram realizando ao longo do último meio ano. Desde caminhadas, saraus, festas, noites de fados, merchandising até ao café e bolo no final da eucaristia nas várias paróquias, foram várias as estratégias que convocaram familiares, comunidades e amigos para esta viagem. Não faltou criatividade aos grupos para ao longo destes meses de trabalho e empenho garantirem o pagamento da sua participação nestas jornadas que se apresenta como oportunidade única já que nunca esta se tinha realizado tão próximo de Portugal.

O que significou participar na Jornada Mundial da Juventude…

“Para nós, participar na Jornada Mundial da Juventude de 2005 foi muito especial. Pudemos viver e mostrar a nossa fé ao mundo com outros jovens, não só da nossa Diocese, mas de outros países também, sentindo que não estávamos sós nem isolados e que Cristo nos moveu para O adorar, primeiro na pré-jornada em França e depois na Alemanha. Foi uma experiência muito importante para reforçar na nossa fé e a nossa vontade de anunciar Cristo ao mundo, pelas nossas palavras e as nossas ações no dia a dia.

Além da experiência de fé que tivemos durante a Jornada de 2005, a nossa vida mudou nesses dias porque nos conhecemos e começámos um projeto de vida em comum, numa relação que foi evoluindo e deu lugar a uma família muito feliz”.

Noémia Coelho e Rui Aresta, casal, Torreira

“Foi-me pedido que fala-se da minha experiência nas Jornadas Mundiais da Juventude, posso dizer, em primeiro lugar que não participei em uma mas em três (Paris 1997, Roma 2000 e Colónia 2005). Todas elas diferentes sejam pelas pessoas com quem fui, pelos lugares onde se realizaram, mas sobretudo pela minha situação pessoal de vida. Em Paris fui com mais alguns amigos da minha paróquia e estava integrado na Pastoral Juvenil da diocese de Aveiro. Em Roma era a etapa final de um caminho que me conduziu ao seminário diocesano, porque percebi que podia dar um outro contributo á minha igreja diocesana e por consequência a toda a Igreja, porque um padre é um dom para toda a Igreja. Em Colónia continuava a ser seminarista, ma já não da diocese de Aveiro, porque entretanto conheci o carisma e trabalho dos Silenciosos Operários da Cruz.

Agora vocês poderão perguntar-se, assim como eu o fiz, há algo de comum entre as três vivências das Jornadas Mundiais da Juventude? Existe, sim! A possibilidade e a oportunidade de ver a dimensão universal da Igreja num espaço e num tempo reduzido. É uma vivência única e necessária, importante para crescer como cristãos e como jovens. Estas breves linhas escrevo-as desde Jerusalém, a cidade onde Jesus viveu, morreu e ressuscitou. A cidade de onde partiu este grupo de pessoas capazes de dar a sua própria vida para testemunharem este Deus que vive.

As Jornadas Mundiais da Juventude são o espaço e o tempo precioso para poder mostrar à própria Igreja que os jovens não são apenas os homens e mulheres de amanhã, mas que, isso sim, são os jovens e as jovens de hoje, porque come normalmente dizia o D. António Marcelino: “A Igreja só será jovem quando os jovens forem Igreja”. Jovens sede jovens e não tenhais medo de ser Jovens cristãos”.

Padre Johnny Freire, Jerusalém

“Participar numa Jornada Mundial é uma experiência marcante. Ter tido a oportunidade de o fazer mais do que uma vez, em idades e estádios da vida diferentes foi profundamente enriquecedor. Primeiro como jovem na descoberta do meu projeto de vida, posteriormente já como adulta em fase de tomar decisões, e na última participação, já na qualidade de mãe. Foram encontros que influenciaram profundamente a minha vida, semanas de comunhão com jovens do mundo inteiro determinantes para confirmar o percurso de fé em que seguia e que permitiram experimentar, através da partilha, a enorme alegria de ser cristã. Ter integrado grupos onde se fez e viveu a grande festa de fé, o encontro humano da comunhão em Cristo foi perceber in locco como esta fé nos abre fronteiras e tem uma estrondosa capacidade de unir culturas diferentes. Nunca me esquecerei de ocasiões como os Campos Elíseos repletos de jovens de todo o mundo a rezar em várias línguas a mesma esperança, a vigília com João Paulo II em Tor Vergata, nem a felicidade de percorrer caminhos cantando ao encontro de Bento VI para a receção do Santo Papa em Colónia”.

Catarina Pereira e Pedro Carvalho, casal, Palhaça

“Para mim, participar numa Jornada Mundial da Juventude (JMJ), mais concretamente na Alemanha, Colónia 2005 significou uma experiência de emoção, energia, partilha da Alegria de ser Cristão e um tempo para parar e refletir individualmente e em grupo. Fazer a JMJ foi um marco importante de um caminho de formulação de perguntas e procura de respostas de qualquer Cristão. Se o Caminho se faz ao andar, foi na experiência de deixar o meu meio, de carregar uma mochila e de depender da generosidade alheia, no que concerne aos alojamentos que me fiz mais homem, e por isso, melhor Cristão, através da presença nesse marco que liga Jovens e Santo Padre na procura de um Cristo que se faz e revela próximo e acolhedor”.

 Paulo Nunes, jovem, Ílhavo

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