Jesuítas: Superior geral termina visita a Portugal e aponta o trabalho com jovens universitários como «modelo» para outros países

Padre Arturo Sosa desafiou os jovens à participação na JMJ Lisboa 2023

Lisboa, 08 dez 2022 (Ecclesia) – O superior geral da Companhia de Jesus terminou hoje a visita a Portugal e considera o trabalho realizado pelos jesuítas nos vários pontos do país “admirável”, com “grande capacidade criativa”, destacando os projetos destinados a jovens universitários.

Para o padre Arturo Sosa, o trabalho com jovens universitários “é um modelo” e desenvolvido com “um estilo muito criativo, muito aberto, muito dialogante que tantas outras províncias queriam repetir este modelo”.

“O trabalho com jovens, aqui em Portugal, é algo que enche de satisfação, entusiasmo, fé”, disse o superior geral dos jesuítas à Agência ECCLESIA pouco antes de realizar o último encontro com jovens, no Centro Universitário Padre António Vieira (CUPAV), em Lisboa.

O padre Arturo Sosa indicou também que o trabalho com jovens gera “resultados positivos”, nomeadamente em ações de voluntariado ou grupos de reflexão, como os “círculos de estudo da Bíblia”, no Porto.

“Fez-se um processo onde a espiritualidade inaciana se converteu em algo que satisfaz muitas pessoas”, afirmou o padre geral dos jesuítas, referindo que “há muitos grupos” que se inspiram nessa espiritualidade.

Natural da Venezuela, o padre Arturo Sosa foi eleito superior geral da Companhia de Jesus em 2016, após ter sido superior provincial no seu país e ter participado em cargos do governo geral da congregação, em Roma.

Foto Samuel Mendonça/Folha de Domingo

Entre os dias 2 e 8 de dezembro, o atual superior geral dos jesuítas esteve pela primeira vez Portugal e visitou as comunidades da Companhia de Jesus e os projetos que desenvolvem, nomeadamente paróquias, obras sociais e centros universitários, e encontrou-se com a Família Inaciana.

O padre Arturo Sosa considera que os jesuítas em Portugal fazem “um trabalho admirável, com poucos recursos – porque sempre são poucos – com uma grande capacidade criativa”.

“Creio que cobrem terrenos muito importantes, como trabalho universitário nas faculdades, o trabalho pastoral em várias paróquias, atenção aos idosos, atenção aos migrantes, às pessoas que necessitam”, afirmou o sacerdote.

O superior geral dos jesuítas referiu-se também à realização em Portugal da Jornada Mundial da Juventude como uma “oportunidade única” para os jovens, “um grande sonho”.

“Aproveito para dizer: se és jovem, aproveita esta oportunidade. Encontra-te com outros jovens de outra nacionalidade, de outra cultura, de outra maneira de fazer experiências de trabalho. É um momento muito oportuno par acrescer como pessoa. E para a Igreja de Portugal trará um ar fresco que lhe faz muito bem”, afirmou.

Questionado sobre a concretização das prioridades definidas pela Companhia de Jesus para a década 2019-2029, traduzidas em quatro Preferências Apostólicas Universais, o superior geral disse que elas “ou se trabalham em conjunto ou não se trabalham”.

“A prioritária é a primeira, mostrar o caminho para Deus, e isso faz-se de muitas maneiras. Indicam-se dois instrumentos, os Exercícios Espirituais e o discernimento, mas também se mostra o caminho para Deus quando se serve um migrante, quando se abre a porta da casa a uma família ucraniana ou quando se mantem um centro universitário com tanta vitalidade”, afirmou.

Caminhar com os excluídos, acompanhar os jovens e cuidar da casa comum são outras diretrizes para o trabalho dos jesuítas em todo o mundo nesta década, que o superior geral considera “muito comprometedoras”.

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Agência ECCLESIA

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