Jerusalém: Bispos católicos europeus pedem «respeito» por uma cidade que é «casa» de várias religiões

«Qualquer mudança a este nível irá favorecer um clima de mais violência», alerta Conselho das Conferências Episcopais

Saint Gallen, Suíça, 11 dez 2017 (Ecclesia) – O Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE) sublinhou a importância de “respeitar o status quo” da cidade de Jerusalém, depois da decisão dos Estados Unidos da América em reconhecer a cidade como capital de Israel.

Em comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA, o organismo que reúne os responsáveis católicos dos países da União Europeia, incluindo de Portugal, frisa a necessidade de “agir com justiça, sabedoria e prudência” para “preservar a paz”.

O presidente do CCEE, cardeal Angelo Bagnasco, destaca o papel central que Jerusalém desempenha não só para as comunidades cristãs da Europa mas de todo o Médio Oriente, como “casa” de “inúmeras pessoas que, no interior das paredes da cidade, veneram os lugares santos das suas respetivas religiões”.

“Estamos convictos de que qualquer mudança a este nível irá favorecer um clima de mais violência, como temos comprovado através dos acontecimentos dos últimos dias”, aponta aquele responsável.

A posição adotada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, de deslocar a embaixada norte-americana de Telavive para Jerusalém, e de considerar oficialmente esta última como capital de Israel, reacendeu o confronto israelo-palestiniano na Terra Santa, com a violência a alastrar a outras regiões, como a Jordânia e o Líbano.

No plano internacional, esta situação motivou críticas de líderes de vários países e também dos membros do Conselho de Segurança da ONU, que salientaram que ela “não favorece a perspetiva de paz na região”.

Sobre o contexto em Jerusalém, o Papa lamentou este domingo, através de uma nota oficial divulgada pela Santa Sé, a violência que tem subido de tom na região, e todas as vítimas que dela resultaram.

Francisco apelou “à sabedoria e à prudência de todos”, em particular dos “responsáveis pelas nações”, para que “neste momento de particular gravidade, se empenhem em evitar uma nova espiral de violência”.

JCP

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