Itália: Francisco começa visita a Cesena e Bolonha com apelo à «boa política»

Lisboa, 01 out 2017 (Ecclesia) – O Papa Francisco visita hoje as cidades italianas de Bolonha e Cesena, num programa que incluiu encontros com desempregados, pobres e refugiados, entre outros.

O pontífice argentino vai almoçar com um grupo de pobres, refugiados e presos na Basílica de São Petrónio, em Bolonha.

O Papa chegou ao heliporto do Hipódromo de Cesena e segue para a Praça do Povo – Piazza del Popolo – onde foi acolhido em festa pela população local, antes de uma reunião com o clero, os jovens e as famílias na Catedral de Cesena, onde termina a primeira etapa da visita pastoral.

O convite foi feito pelo bispo de Cesena-Sarsina, D. Douglas Regattieri, e a viagem realiza-se pelos 300 anos do nascimento do Papa Pio VI.

No seu primeiro discurso, o Papa sublinhou a necessidade da “boa política”, que não serve para responder a “ambições pessoais” ou a “centros de interesse, mas que seja “amiga e colaboradora”.

“Este é o rosto verdadeiro da política e a sua razão de ser: um serviço inestimável ao bem de toda a comunidade”, acrescentou.

Francisco denunciou a corrupção, que “não deixa crescer a civilização” e deturpa a vocação política.

“A política pareceu, nestes anos, ter-se retirado, por vezes, diante da agressividade e da penetração de outras formas de poder, como a financeira e a mediática”, lamentou.

A segunda etapa da visita, na Catedral de Cesena, foi centrada na comunidade católica local, com um apelo à união de esforços em favor da evangelização, com “fraternidade e unidade”.

O Papa evocou as “chagas de Jesus”, que continuam visíveis nos homens e mulheres que “vivem nas margens da sociedade, também as crianças”, marcadas pelo “sofrimento, o abandono, a pobreza”.

A intervenção recordou que há 400 anos, São Vicente de Paulo começava em França uma “revolução da caridade”, convidando os católicos a ir ao encontro do “mar aberto da pobreza” atual.

Francisco apelou ainda a uma “revolução da ternura”, insistindo depois da necessidade do diálogo entre jovens e idosos e de valorizar o papel das famílias na Igreja.

O Papa Francisco deslocou-se depois para Bolonha, de helicóptero, onde o primeiro compromisso é com jovens migrantes que desembarcaram na costa italiana, no Hub regional de Via Mattei.

Na Praça ‘Grandecon’, o Papa encontra-se com o “mundo do trabalho”, incluindo pessoas desempregadas, e recitar a oração do ângelus.

Depois do almoço, a agenda prevê um encontro com os padres de Bolonha e outro com o mundo universitário..

O Papa termina a viagem pastoral com a celebração da Eucaristia no Estádio dall'Ara.

A passagem por Bolonha realiza-se por ocasião  do Congresso Eucarístico Diocesano, a convite do arcebispo Matteo Maria Zuppi.

CB/OC

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