Israel/Palestina: Patriarcas e líderes das Igrejas em Jerusalém condenam «ataque criminoso» a Hospital em Gaza

Responsáveis cristãos pedem a «mais severa censura e responsabilização criminal»

Foto: Lusa/EPA

Jerusalém, 18 out 2023 (Ecclesia) – Os patriarcas e líderes das Igrejas em Jerusalém reagiram hoje ao ataque contra o hospital Al-Ahli, em Gaza, condenando o “ataque criminoso” e pedindo “a mais severa censura e responsabilização internacional”.

“Em unidade inabalável, denunciamos veementemente este crime com a nossa mais forte condenação. As primeiras notícias sobre a tragédia do hospital da Igreja, em Gaza, deixaram-nos mergulhados em tristeza, pois representa uma profunda transgressão contra os próprios princípios defendidos pela humanidade”, pode ler-se na declaração, partilhada pelo Patriarcado Latino de Jerusalém.

O Ministério da Saúde da Palestina atualizou esta quarta-feira o número de vítimas do ataque ao hospital Al-Ahli para 471 vítimas mortais, além de 28 feridos graves e mais de 300 feridos ligeiros, informa a Renascença.

“Declaramos inequivocamente que esta atrocidade constitui um crime flagrante, que exige a mais severa censura e responsabilização internacional. Imploramos à comunidade mundial que assuma o seu dever sagrado de proteger os civis e que garanta que tais transgressões hediondas nunca mais sejam permitidas”, defenderam os patriarcas e líderes das Igrejas em Jerusalém.

Na declaração, os responsáveis cristãos manifestaram ainda “profunda solidariedade” com a comunidade anglicana, que gere o hospital, perante o ataque que se desenrolou num dia em que “a comunidade cristã se reuniu em oração”, a pedir “a reconciliação e o fim da guerra em Gaza”.

“Com o coração pesado, reconhecemos a profunda perda de vidas no Hospital Episcopal Anglicano Al Ahli. Declaramos, por este meio, total solidariedade para com os nossos irmãos e irmãs que suportaram o peso profundo deste ataque”, acrescenta a mensagem.

Justin Welby, arcebispo da Cantuária e primaz da Igreja Anglicana, também reagiu ao ataque, falando numa “uma perda terrível e devastadora de vidas inocentes”, convidando à oração pelas vítimas.

“Renovo o meu apelo para que os civis sejam protegidos nesta guerra devastadora”, apelou, numa mensagem divulgada através das redes sociais.

O ataque levado a cabo na terça-feira deixou as duas partes em conflito a trocar acusações sobre a responsabilidade do lançamento do míssil, que atingiu a estrutura de saúde.

OC

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