Israel: Igreja Católica ajuda a preservar memória do Holocausto (Núncio)

Foi aberta este Domingo, em Jerusalém, a conferência de estudos sobre o estado actual da investigação em volta da relação entre o Papa Pio XII e o Holocausto. O encontro, que se realiza 50 anos após o falecimento do Papa Eugenio Pacelli, é promovido pelo Instituto Internacional de Pesquisa do Holocausto de Yad Vashem e o Instituto Teológico Salesiano (Studium Theologicum Salesianum). A sessão inaugural foi aberta por Avner Shalev, presidente do Comité Diretivo do Yad Vashem, e pelo Arcebispo Antonio Franco, Núncio Apostólico em Israel. D. Antonio Franco afirmou que a Igreja Católica é o melhor parceiro e aliado do Instituto Yad Vashem, pois “preserva” a memória do Holocausto. “Pesquisadores católicos e judeus – disse – decidiram empreender um diálogo e não um confronto, um diálogo baseado na confiança, para buscar a verdade, esclarecendo eventos muito complexos”. D. Franco assinalou que “não é possível ser católico e negar a Shoah. Não pode haver dúvidas sobre esta questão”. O objectivo desta conferência internacional é avaliar o estudo de historiadores e especialistas judeus e católicos das duas escolas de pensamento, a mais crítica a Pio XII e a que valoriza o seu trabalho, para dar respostas a uma série de perguntas. O encontro decorre no Memorial do Holocausto Yad Vashem, que será visitado por Bento XVI a 11 de Maio, quando participar numa cerimónia em recordação das vítimas da Shoah. O chefe de Estado israelita, Shimon Peres, assinalou anúncio feito pelo Papa, que confirmou a viagem à Terra Santa em Maio deste ano, e declarou que a visita de Bento XVI “será um evento tocante e terá importância fundamental, pois inspira um clima de paz e esperança”. O director do Yad Vashem, Avner Shalev, destacou os progressos nas relações com o Vaticano, que podem levar em poucos anos a “resultados muito importantes”. (Com Rádio Vaticano)

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