Roma, Itália, 29 ago 2014 () – O secretário de Estado do Vaticano, D. Pietro Parolin, presidiu esta quinta-feira à Eucaristia da memória litúrgica de Santo Agostinho e pediu que ninguém se esqueça do sofrimento dos “cristãos e todas as outras minorias” perseguidos no Iraque.
“Devemos esquecer-nos de nós mesmos e preocuparmo-nos pelo destino dos nossos irmãos que sofrem – os cristãos e todas as outras minorias – e encontrar uma forma concreta e mais eficaz de os ajudar”, disse o cardeal, referindo-se ao conflito no Iraque e às perseguições dos militantes do Estado Islâmico.
“É importante esta leitura que vai para além do que se vê e se sente, uma leitura mais profunda que ajuda-nos a vislumbrar o plano de Deus, e esta chamada tornar-nos colaboradores deste plano de Deus”, desenvolveu o secretário de Estado do Vaticano, segundo o jornal L’Osservatore Romano.
Para o prelado, o projeto de salvação de Deus é oferecido de uma forma “humilde e totalmente para a realização da cidade de Deus”, onde prevalece o amor de Deus “até ao ponto de se desprezar a si mesmo”.
“Hoje é preciso aprender a capacidade de ler o projeto de Deus que se está a realizar, para além dos eventos, que é sempre um projeto de paz e de salvação para o homem”, desenvolveu o cardeal, tomando como exemplo Santo Agostinho.
Na homilia da Eucaristia desta quinta-feira, na igreja de Santo Agostinho, em Roma, o cardeal relembrou as palavras do Papa Francisco que em 2013, na mesma data, celebrou a missa de abertura do capítulo geral da ordem agostiniana.
No final da celebração foi inaugurada uma placa para recordar “aquele evento excecional” e depois o secretário de Estado do Vaticano repetiu o convite do Papa para que todos vivam “a inquietude da busca, de um encontro nunca completo, a inquietude do amor”.
Entre os presentes na Eucaristia, que teve lugar na igreja dedicada a Santo Agostinho, estava o superior geral da ordem agostiniana, o padre Alejandro Moral Antón.
OR/CB/JCP