Lisboa, 09 mai 2017 (Ecclesia) – A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) informou que esta segunda-feira começaram as primeiras obras nas aldeias cristãos iraquianos de Bartella, Karamless e Qaraqosh que foram destruídas pelo autoproclamado ‘Estado Islâmico’.
“Se perdermos esta oportunidade para trazer os cristãos de regresso às suas casas na Planície de Nínive, eles deixarão o Iraque para sempre”, disse o responsável internacional da AIS para o Médio Oriente.
O padre Andrzej Halemba, que é também o presidente da Comissão para a Reconstrução de Nínive, sublinhou que estão a viver “um momento decisivo”.
Na informação enviada hoje à Agência ECCLESIA, a fundação pontifícia explica que a comissão tem como tarefa planificar e dirigir a reconstrução de cerca de 13 mil casas cristãs, 669 das quais completamente destruídas pelos militantes do autoproclamado ‘Estado Islamico’.
O custo total das reconstruções está estimado em “mais de 250 milhões de euros” e a Ajuda à Igreja que Sofre já disponibilizado, a nível internacional, “uma contribuição de 450 mil euros para a reconstrução das primeiras 100 casas”.
Esta segunda-feira para marcar o início das obras em Bartella, Karamless e Qaraqosh foram entregues às primeiras famílias “algumas sementes de oliveiras”, como sinal de paz e esperança, que vão plantar nos quintais das suas casas.
Na cerimónia esteve presente uma delegação da AIS liderada, com o secretário-geral internacional, Philipp Ozores, e representantes das Igrejas sírio-ortodoxa, sírio-católica e caldeia, que integram a Comissão para a Reconstrução de Nínive, criada a 27 de março.
A fundação pontifícia realça ainda que continua a apoiar as famílias cristãs refugiadas, “cerca de 12 mil”, que vivem em Irbil, Dohuk, Kirkuk, Zakho e Alqosh, no fornecimento de água, eletricidade, alimentos, medicamentos e aluguer dos quartos e casas.
A AIS refere que já doou “mais de 30 milhões de euros” desde 2014 com a ajuda de benfeitores e amigos da fundação.
CB