Intervenções no património exigem dimensão litúrgica

As intervenções realizadas no património religioso devem ter uma dimensão litúrgica, defendeu o Bispo Auxiliar de Braga D. António Francisco dos Santos, a propósito da reunião da Comissão Arquidiocesana dos Bens Patrimoniais. Neste contexto, a Arquidiocese vai procurar que o Secretariado Diocesano da Liturgia dê uma maior atenção a este aspecto. A importância da sensibilidade para a dimensão litúrgica das intervenções a realizar é uma das prioridades da Comissão para os próximos tempos. D. António Francisco dos Santos focou também, neste âmbito, «o registo dos bens, o acompanhamento dos projectos, a valorização do património e a qualidade das intervenções». De acordo com o Bispo Auxiliar de Braga, sente-se «que há uma nova cultura de respeito pelos bens patrimoniais e qualidade das intervenções». Segundo o prelado, «é necessário continuar a trabalhar, a valorizar o património, a fazer o acompanhamento dos projectos e a dar orientações aos sacerdotes, para haver um acompanhamento por parte da equipa de arquitectos e membros da Comissão ». Na reunião foi feita a avaliação do trabalho da Comissão ao longo do ano, sobretudo em termos do registo de bens da Diocese, paróquias e confrarias, do acompanhamento dos projectos e obras e dos projectos de requalificação das igrejas e bens patrimoniais. Em cima da mesa estiveram também os processos que entraram na Cúria e que, segundo o prelado, foram «largas dezenas». O trabalho da Comissão Arquidiocesana dos Bens Patrimoniais foi o assunto que mereceu maior atenção no âmbito de uma reunião do Instituo de História e Arte Cristãs (IHAC), complementar à da Comissão. Outro aspecto abordado foi a questão do Arquivo Diocesano. «Estamos à espera de oportunidade para reorganizar melhor o Arquivo, com possibilidade para consulta», disse o Arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga. Neste campo é necessário «adquirir estantes para poder montar» o Arquivo, que reúne processos de ordem diocesana, nomeadamente relativos a casamentos e ordenações sacerdotais, a partir de 1910. Os vários volumes estavam na Casa do Paço e agora, «muito provisoriamente», encontram-se armazenados num local da Faculdade de Teologia. O Arquivo ficará no terceiro e quatro pisos da Faculdade, onde já foram feitas intervenções, disse D. Jorge Ortiga. A propósito da importância destes documentos e da sua acessibilidade, o prelado afirmou que «não se faz nenhum estudo de ordem histórica sem acesso ao Arquivo». A história da Diocese, os inventários e as jornadas de formação foram outros aspectos abordados. A propósito deste último aspecto, o Arcebispo de Braga disse que as Jornadas do Património Cultural da Arquidiocese de Braga «têm tido uma adesão significativa, mas podem ter mais».

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