Instituições assinalam primeiro aniversário de declaração assinada em Roma
Cidade do Vaticano, 26 fev 2021 (Ecclesia) – A Academia Pontifícia para a Vida (Santa Sé), a IBM, a Microsoft e a FAO reforçaram hoje o seu apelo conjunto em favor de uma abordagem mais ética à Inteligência Artificial, assinado em fevereiro de 2020.
“O progresso pode tornar possível um mundo melhor se for acompanhado pelo bem comum”, assinalou D. Vincenzo Paglia, presidente da Academia Pontifícia para a Vida, em comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA.
O colaborador do Papa destacou que a “família” dos signatários cresceu, procurando “novas adesões de atores estratégicos para uma ética abordagem aos temas da Inteligência Artificial”.
“Abre-se um canal de diálogo com as religiões monoteístas, para convergir numa visão comum da tecnologia ao serviço de toda a humanidade. A profundidade e a aceleração das transformações na era digital levantam questões globais e em constante evolução”, aponta D. Vincenzo Paglia.
O arcebispo italiano destaca a complexidade do mundo tecnológico e apela a “uma nova aliança entre pesquisa, ciência e ética”.
‘A Call for AI Ethics’ de Roma visa promover um sentido de responsabilidade partilhada entre organizações, governos e instituições.
O presidente da Microsoft, Brad Smith, destaca a importância de pensar de “forma mais ampla e ética sobre o futuro da tecnologia”.
“O apelo de Roma ajuda-nos a colocar-nos neste caminho para promover uma conversa atenciosa, respeitosa e inclusiva sobre a intersecção da tecnologia de inteligência artificial com a sociedade”, acrescenta.
Já Dario Gil, diretor de pesquisa da IBM, assinala a importância da Inteligência Artificial e fala do compromisso para “desenvolvê-la, implantá-la e usá-la de forma responsável, prevenindo resultados adversos”.
Qu Dongyu, diretor-geral da FAO, realça a possibilidade de usar uma Inteligência Artificial “ética” no desenvolvimento de “sistemas agroalimentares que sejam inclusivos, resilientes e sustentáveis”.
OC
Tecnologia: Vaticano, IBM e Microsoft unem-se para pedir ética nos «algoritmos»