Instituições disponíveis para colaborar na rede de cuidados continuados

O presidente da CNIS, Confederação Nacional de Instituições de Solidariedade, padre Lino Maia, garante que “há total disponibilidade das instituições para criar respostas para os cuidados continuados”, embora seja necessário “algum apoio para as implementar”, nomeadamente no que toca a equipamento. Segundo a direcção da CNIS “as IPSS’s estão receptivas aos novos desafios sociais aceitando participar solidariamente na rede de cuidados continuados e alertando para a necessidade de o Estado e as famílias assumirem as suas responsabilidades, nomeadamente, esperando-se que o Estado dote as instituições de recursos técnicos e financeiros e apoie a formação dos recursos humanos para a promoção da qualidade de serviço e que as famílias invertam uma certa propensão para o egoísmo e alheamento sobre a sorte dos mais idosos e fragilizados e não transfiram para as IPSS’s todas as suas competências.” A CNIS esteve representada, através de João Carlos Dias, na apresentação da Rede de Cuidados Continuados, no dia 21 de Abril, em Lisboa. O Governo deu a conhecer a Rede de Cuidados Continuados em Saúde, que visa diminuir o número de internamentos hospitalares sem indicação para este nível de cuidados e aumentar as camas disponíveis para doentes crónicos e em convalescença. Aprovada em Conselho de Ministros a 16 de Março, a Rede de Cuidados Continuados de Saúde vai permitir, segundo números divulgados pelo ministro da Saúde no Parlamento, aumentar, até 2010, em 16 mil as camas destinadas aos doentes crónicos e reduzir em cinco por cento o número de camas hospitalares ocupadas por pessoas que não necessitam deste nível de cuidados. O objectivo dos cuidados continuados, vocacionados essencialmente para idosos e pessoas com dependência, é assegurar a continuidade do seu tratamento, após a alta hospitalar, e a sua recuperação, em unidades de internamento específicas ou, preferencialmente, em casa, com o apoio de equipas de cuidados domiciliários. O projecto foi apresentado numa cerimónia que conta com a presença do primeiro-ministro e vai desenrolar-se através da articulação entre os ministérios da Saúde e do Trabalho e Solidariedade Social – que são também co-financiadores -, estando também aberto à participação de outras entidades. O documento aprovado há um mês pelo Governo determina também apoios para quem cuida de um dependente, pois o internamento em unidades de cuidados continuados de longa duração (para estadias superiores a dois meses) pode ser utilizado para que o principal cuidador descanse, durante um período não superior a 90 dias por ano.

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