A diocese de Bragança-Miranda quer definir o perfil do organista litúrgico nas paróquias visando, sobretudo, impedir “aqueles que actuam nas festas das aldeias e em casamentos”, referiu à Agência ECCLESIA, o presidente da recém constituída Comissão Diocesana de Liturgia e Arte Sacra, Pe. Octávio Augusto Alves. “Nem todas as pessoas que tocam órgão, podem tocar nas igrejas”, disse, frisando que o organista litúrgico “tem de ser cristão, colocar-se dentro da celebração, ser um elemento em sintonia com a equipa de liturgia da paróquia e com o pároco”. Segundo o Pe. Octávio Alves, a diocese de Bragança-Miranda depara-se com “o problema da falta de organistas”, por isso, revelou que, no dia 17 de Junho tem início um curso para organistas, na diocese. “Pedimos a todas as paróquias que invistam num jovem, para que possa vir a ser futuro organista da paroquia”, sublinhou. Esta terça feira, também destinado aos organistas, decorreu na Sé de Bragança um encontro de formação para ir ao encontro desta necessidade de esclarecer o perfil daquele que contribui para a animação litúrgica. Neste encontro foram abordados temas como, a “formação sobre a arte musical e a liturgia, o órgão e a liturgia, o organista e a liturgia, a selecção do organista e a sua formação”. A Comissão Diocesana de Liturgia e Música Sacra foi recentemente instituída pelo Bispo da diocese, D. António Montes Moreira, com o objectivo de “colocar as áreas da Liturgia e da Música Sacra sob a orientação duma entidade única”, refere Despacho do Bispo. “O Secretariado Diocesano de Liturgia estava vago, com a ida do Pe. Cordeiro para Roma – explicou o Pe. Octávio – e então o senhor bispo achou por bem formar uma só comissão”. “O Curso de organistas, a concentração de acólitos no dia 10 de Junho e a realização de uma Assembleia de Sacerdotes, procurando motivar para a beleza na celebração,” são algumas das prioridades apontadas pelo presidente da nova Comissão.