O apelo lançado hoje por João Paulo II, em favor das crianças desfavorecidas do mundo e, em especial, do continente africano, há muito que mobiliza a Igreja católica em Portugal. A Agência Ecclesia apresentou recentemente (semanário n.º 945 – “Cooperação em português”)vários projectos de cooperação, actualmente em andamento, que demonstram a atenção para com o mundo lusófono. A nível das parcerias para a Educação é possível destacar a acção da Fundação Evangelização e Culturas, com um importante trabalho de promoção e defesa da língua e dos valores essenciais da cultura portuguesa desenvolvido pelos missionários, leigos e religiosos, ligados às Igrejas Cristãs, em especial à Igreja Católica, junto das populações lusófonas. Estão em curso dois projectos na área da Educação, um em Angola e outro na Guiné-Bissau, com vista ao reforço da Formação dos Professores em regiões do interior destes países. A área da saúde é das mais críticas. A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre, respondendo a um apelo directo da Presidência da República Portuguesa, através da Dra. Maria José Ritta, está neste momento a apoiar a criação de um serviço de Pediatria, num dos hospitais da Guiné. A Cáritas Portuguesa presta apoio ao posto de saúde da Caritas Diocesana de Mbanza – Congo e desenvolve o projecto “Apoio às crianças mutiladas de guerra”. A mesma organização, através do seu Departamento de Cooperação Internacional, tem em curso projectos de apoio aos menores de Angola, onde promoveu a construção de uma “Casa da Criança”, na Diocese de Menongue: esta participação da Caritas Portuguesa permitiu que a Casa da Criança – obra ao cuidado das Irmãs do Santíssimo Salvador, que acolhe crianças órfãs ou em perigo e dificuldade – desenvolvesse o acolhimento das crianças em famílias solidárias, assegurando o seu bem-estar em geral e o acesso à educação e saúde. Em Moçambique procedeu-se recentemente à reabilitação, ampliação e equipamento do Lar de Crianças da Chemba e à participação na construção do Orfanato de Tete. Além destas obras construíram-se e ampliaram-se escolas e internatos, além de casas para crianças abandonadas e desfavorecidas. Ver também • João Paulo II apela à protecção das crianças • 237 voluntários católicos passam verão em missão nas Igrejas lusófonas