Os seis bispos de Orissa, na Índia, assinaram uma carta pastoral com o objectivo de encorajar os cristãos ace aos actos de violência que têm sido alvo. A carta foi lida no passado Domingo em todas as igrejas do estado de Orissa, onde no final do mês de Agosto a violência contra os cristãos causou a morte de mais de 60 pessoas, 50 mil desalojados, a destruição de 180 igrejas e a danificação de habitações, conventos, hospitais e centros de acolhida. O Arcebispo de Cuttak-Bhubaneswar, D. Raphael Cheenath, em declarações à agência ÁsiaNews, disse que era necessário encorajar o povo, “que se encontra desmoralizado por causa desses ataques cruéis e bárbaros, e ao mesmo tempo, explicar que a história de Orissa insere-se na história da Igreja universal, onde se percebe que os cristãos foram perseguidos durante séculos”. Na carta os bispos “inclinam-se humildemente diante da forte adesão de fé” demonstrada pelos cristãos e afirma-se orgulhosos da sua “capacidade de suportar todos as ameaças e tipo de intimidação”. Sobre as razões da violências os bispos explicam que “a Igreja colocou-se do lado dos pobres e dos marginalizados” fazendo “crescer um maior consciência entre as comunidades mais vulneráveis. Essas comunidades começaram a pedir mais direitos e a fazer com que eles se sentissem ameaçados pelos pobres”. Os bispos afirmam que fizeram esta denúncia ao governo, juntamente com o pedido de “segurança, justiça e punição para os culpados”, e ainda “indemnizações adequadas para aqueles que perderam os seus bens”. A carta termina com um agradecimento a “indivíduos, organizações da sociedade civil, jornalistas, organizações não governamentais, activistas políticos, cidadãos conscientes”, dentro e fora da Índia, pelo apoio dado aos cristãos.